Thursday, May 30, 2019

Um poema quântico



Um poema quântico


Há poemas sobre a vida,
há poemas sobre o amor,
sobre o infinito, sobre a alma,
e até sobre coisas banais,
há poemas  também.
Há os que falam de dor,
de ironia, de coragem
e até sobre o humor.
Queria agora, entretanto,
fazer um poema diferente,
ousado, intenso, único,
sobre os átomos vibrantes,
pode você acreditar?
Um poema sobre a Ciência!
Pois é, é isso mesmo.
Penso nas partículas,
subpartículas, invisíveis,
independentes, pendentes,
pendendo no vazio do ar.
Vibrantes, arrogantes
em campos quânticos,
exuberantes a bailar:
quarks, bósons, prótons,
elétrons, pósitrons?
Doidas, incoerentes,
não são elas, agora,
a essência da vida?
Não é galante
essa dança cósmica que,
com graça nuclear,
rara, bela, singular,
elas teimam em dançar?
Não são elas,
nada mais, nada menos
que a própria essência
desse meu poetar?


                                oOOOOOo


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o

Amores


Amores

Há amores que chegam de repente
E outros que chegam devagar
Há amores inconsistentes
Impossíveis de se explicar
Há amores surpreendentes
Que nos deixam a pensar
Há amores inconstantes
Daqueles que vão e vêm sem parar
Há amores vestidos de tom suave
E uns feitos de rubra paixão
E, então, há os amores eternos
Sempre existiram, sem sabermos
Chegaram sem pedir permissão
E tomaram seu lugar sem nada falar
Jamais irão embora, vieram para ficar






 ===(((()))===


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Wednesday, May 29, 2019

Um sorriso (um inconsequente poeminha de amor)




Um sorriso

(um inconsequente poeminha de amor)

Um sorriso desses,
tão largo, tão gracioso,
não consigo captar:
muito perfeito
para minhas rimas,
muito copioso
para meus versos,
muito luminoso
para meus olhos
e muita graça
para minha alma!
Não cabe no meu ser,
é muita euforia,
muito deleite,
uma festa sem fim,
que mal posso aguentar!
Moça bonita,
você quer, por favor,
parar de sorrir?
Só assim posso, 
sem sustos, sem surpresas,
a rotina insípida
dos meus dias, continuar.

oOOOOOo




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o

Sunday, May 26, 2019

A Física Quântica e o resto de nós



A Física Quântica e o resto de nós

Sinceramente, não sei como esse pessoal da Física Quântica faz para entender uma coisa tão complicada. Eles têm muita sorte, pois se essa história  toda tivesse acontecido na Idade Média, eles seriam todos jogados numa fogueira de hádrons. Claro, seria um fogo quântico, cheio de elétrons, quarks e fêrmions em combustão. Por outro lado, isso é ridículo, pois, nesse caso, a própria Idade Média não seria média, seria avançada. Acho também que eles escondem essa ciência toda da gente – gente simples, como eu – com medo de que fiquemos pirados. Eu não fico, porque não entendo nada.
Pelo menos, nisso eles são sinceros e honestos. Heisenberg, há um bom tempo atrás, confessou a tal da história da “incerteza”. Se é ciência, como pode ser “incerta”? Vá se entender. Aliás, vou dar um conselho. Se você é como eu, que estudou ciências humanas, ou é uma pessoa que não gosta de “fundir a cuca” nem chegue perto desses textos quânticos, dessas explicações que eles dão para as coisas. Às vezes, eu leio algo deles, só para ter certeza de que ainda não se converteram ao senso comum, ou resolveram voltar ao “normal”. Que nada, está tudo piorando.  Hoje mesmo, achei o texto abaixo na Internet:
“Pode-se exprimir o princípio da incerteza nos seguintes termos:
O produto da incerteza associada ao valor de uma coordenada Xi e a incerteza associada ao seu correspondente momento linear Pi não pode ser inferior, em grandeza, à constante de Planck normalizada. Em termos matemáticos, exprime-se assim:”
Aí vem uma fórmula que, por via das dúvidas, resolvi não publicar, pois é tão esquisita, que pode conter algum vírus, ou pode ser um sinal secreto do demo. Além do mais, não quero assustar ninguém. É melhor não arriscar. Aliás, como um ser comum, posso garantir que há também um “princípio da certeza”, muito simples e muito fácil de se entender: “Nunca vou entender nada de Física Quântica, pelo menos enquanto estiver vivo.”
Vou poupar a todos da história do gato de Schrödinger. Só para você ter uma ideia, segundo a argumentação do grande físico quântico, o gato pode estar morto e vivo ao mesmo tempo. Pode?



A explicação mais provável para o aparecimento desses físicos, com essa estranha ciência, é uma invasão de seres de uma outra civilização. Eles estão espalhados entre nós, disfarçados de humanos e, essa linguagem científica que eles usam, são seus códigos secretos.  Estão planejando a invasão final e não querem que nós, pobres terráqueos, entendamos do que estão falando.
Para mostrar que minha tese tem fundamento, tenho a afirmação abaixo, tirado de um texto escrito por eles:
“Em decorrência do princípio de exclusão de Pauli, dois férmions de spin 1/2 quaisquer não podem ter simultaneamente todos os números quânticos idênticos, aí incluídos os valores das projeções Ms do spin.”
Não é uma coisa doida? Dá ou não para assustar? Para mim, isso parece uma instrução de como as naves alienígenas devem se aproximar da Terra, quando chegar a hora.
Peço perdão aos cientistas pelas coisas que falei aqui. Claro, estou brincando e o que falei é um monte de bobagem, menos a parte em que eu disse que não entendo nada, pois isso é absolutamente certo e correto. Além disso, o que  eu sinto mesmo, é uma enorme inveja de quem compreende esses conceitos maravilhosos. Quanto ao “Princípio da Incerteza”, pensando bem, eles têm razão. Acho que ninguém tem certeza de nada...


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Saturday, May 25, 2019

Carta para a ex














Carta para a ex

Querida Teresa:

Hoje de manhã estava no carro ouvindo uma música do Elvis e me lembrei de você, Teresa. Não que eu precise de alguém para me lembrar de você. Penso em você o tempo inteiro. Eu sei que não deveria estar escrevendo. Eu deveria prosseguir sem olhar para trás. O problema é que eu nunca me conformei com a sua partida, você sabe.  E olha que a Lúcia, com quem estou agora, é uma mulher e tanto. Ela gosta mesmo de mim. Faz meus desejos, suspira, cuida. Está sempre tentando me alegrar mesmo quando sabe que estou triste por causa de você. Que mulher é capaz disso? Além disso, a Lúcia é suave e bonita. Tem um sorriso... Sabe conversar, é culta e inteligente. Às vezes fico até constrangido. Acho que não mereço uma mulher como ela. Ela sabe que eu tenho uma ferida em meu coração – você – e aí ela tenta curar ao invés de ficar com ciúmes. Que coisa, quantas mulheres assim podem existir no mundo? Então, como eu estava dizendo, a música que o Elvis estava cantando hoje de manhã era “She’s not you” e foi por isso que me lembrei de você, Teresa. Por falar nisso, tenho um medo danado de falar “Teresa”quando estou falando com a Lúcia. Sabe, isso machuca. Eu me lembrei de você, porque, por mais extraordinária que a Lúcia seja – que mulher – sabe, Teresa, eu preciso confessar, ela é maravilhosa mas ela não é você. “She’s not you”, como dizia o Elvis, você entendeu?

Elvis; She's not you


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Essa vida da gente

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Thursday, May 23, 2019

Naquela manhã de maio


Naquela manhã de maio

Naquela manhã de maio havia flores por onde quer que eu andasse. Havia sorriso nas faces e essas se enchiam de luz. Havia leveza no ar. As fontes jorravam água, mas parecia que era felicidade que estavam a jorrar. Pessoas, com gestos de amor, ajudavam-se umas às outras. Os velhos pareciam mais jovens e esses pareciam mais sábios do que podiam ficar. Havia muitos ajudando a outros e outros que procuravam alguém para ajudar. Era como se uma força irresistível para fazer o bem estivesse afetando os seres todos de toda a parte. Até a natureza estava de conformidade. Uma brisa e uma temperatura amena havia em todo lugar. As cores estavam mais vivas do que costumavam estar. Acho, até, que havia um suave aroma se espalhando pelo azul infinito do céu. E o céu estava se enchendo de um deleite sem par.
Por um momento, então, pensei que a maldade não mais existisse, e que tudo, para sempre assim fosse ficar. Com medo que esse momento passasse, passei a multiplicá-lo, repassá-lo dentro de mim, numa insensata esperança de torná-lo incessante, eterno, perpétuo, perene, imortal.

E, agora, estou assim, parado, perplexo, atordoado, embasbacado, perdido nesse momento, interminável, nesse instante sem fim...


oooooOOOOOooooo

Histórias do Futuro

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Tuesday, May 21, 2019

Tempo teimoso



Tempo teimoso

Tenho todos esses anos que tenho
e ainda assim o tempo, insistente,
insiste em continuar a passar.
Eu insisto contra esse seu insano insistir,
mas tenho de assistir a seu intenso continuar.
Eu sei que, no final, ele vai ganhar,
que se há de, possivelmente, fazer?
Teimoso que sou, porém, insisto em ignorar.
Faço de conta que seu passar não é comigo
e continuo, alegre, alheio, a poetar.
Ele está tramando, tramando, eu sei,
e um dia desses, meu tapete ele vai puxar.
Que se dane, porém, eu não vou ligar.
Além disso, em meus poemas eternos,
naqueles versos, que lá do outro lado,
vou continuar, teimoso, a rabiscar,
ele não vai nem sequer constar.
Quem vai ligar para um tempo que passa,
numa eternidade que nunca vai parar de passar?

                                                        oOOOOOo



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Wednesday, May 15, 2019

Contas, contos e cantos



Contas, contos e cantos

Fazemos de conta que tudo vai passar. Às vezes passa, às vezes não. Quando não passa, fazemos as contas de quanto custa fazer de conta que nada aconteceu.  Contamos com a sorte e às vezes ela não vem. Outras vezes contamos com pessoas, e eu já perdi a conta de quantas vezes me decepcionei. Quem canta, pelo menos, pode espantar seus males: não é  assim que se diz, quem canta, seus males espanta?  Eu, como não sei cantar, conto um conto, pois eu não tenho nada mais com que contar. Mas não sou daqueles que, quando conta um conto, aumenta um ponto. Há também aqueles que só contam dinheiro, reais, que é o dinheiro de agora, e não contos de réis, que era o dinheiro de outrora. Então, por favor, não fique aí pelos cantos. Leia os contos que tenho para contar. Se não gostar, você  ainda tem o canto do cantor que canta uma doce melodia que se espalha por todo canto e pelo ar, e é muito melhor do que meu contar. Infelizmente, nem o canto nem o conto servem para pagar as contas que continuam a se acumular.
Resumindo: você pode contar com o conto que tenho para contar ou com o canto que o cantor tem para cantar. Se não quiser nem canto, nem conto, o único remédio que existe, é ficar, para seu desencanto, nos cantos a chorar. No final mesmo, se você não puder contar com nada, existe um último jeito: passar os dedos pelas contas do rosário e rezar. Se você não for católico, o que deve mesmo fazer é orar.  Enfim, cante, conte, reze ou ore. O importante, mesmo, é ter um amigo de verdade com quem possa contar. E, em último caso, em seus ombros, chorar...

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