Espíritos
de porco
Estava
imaginando... e se os portugueses não tivessem” importado” escravos da África
durante a colonização?
Não é
necessário ser um gênio para saber que não teria havido a cultura de cana de
açúcar e todo o desenvolvimento decorrente dela. Teriam eles mesmos, os
portugueses, feito o trabalho? Impossível! Não teriam existido os senhores de
engenho e tudo o que estava ao redor. Enfim, não existiria um Brasil. A
economia vinda dos engenhos é que forneceu a logística e a força para manter o
país em sua integridade geográfica e política.
Não é muito
difícil imaginar o que seríamos: é só olhar como ficou o resto da América do
Sul. Seríamos um conjunto de pequenos países ou até colônias. Provavelmente
nenhuma delas seria cultural ou economicamente sequer semelhante ao que é nosso
país, mesmo com todos os seus defeitos.
Há algo
ainda mais importante. Todos sabem que houve uma enorme miscigenação, começando
pela Casa Grande. Assim, a composição genética dos brasileiros seria bem
diferente do que é atualmente. Resumindo, sem a vinda dos africanos, não só não
haveria um Brasil, mas as pessoas que estão por aqui seriam outras,
provavelmente bem diferentes.
O que, na
verdade, estou querendo dizer, é que a maioria dos racistas simplesmente não
existiria se não fosse pela presença dos escravos. É um paradoxo, não é?
Obviamente,
quem acredita em almas ou espíritos pode argumentar que essas ou esses
habitariam um outro corpo qualquer. É verdade, mas eles poderiam estar em
qualquer parte do mundo e talvez, então,
não fossem racistas. Ou será que estariam, quem sabe habitando em
porcos? Será que daí poderíamos chamá-los de “espíritos de porco”?
Imagine um país que vai de São Paulo até o Uruguai, numa outra realidade. Imagine agora que este país foi dominado pelos alemães e agora são seus habitantes. Esta nação é GERMÂNIKA e pertence a um universo paralelo ao nosso.
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