As Almas das Cidades
As cidades… posso
senti-las, ouvir seus gemidos e seus clamores. São como pessoas. Percebo quando
choram e quando se alegram. Vejo, mesmo sem ver com os olhos, suas lágrimas
molharem as pistas das ruas e as paredes dos edifícios. Sinto seu calor e ouço
seus sussurros, os fingidos e os verdadeiros. Sei de seus segredos, bons e
maus, sei de suas sombras, de sua luz e, às vezes, me inebrio com seus
sorrisos. Cada uma é diferente. Umas são confiantes, corajosas, sem limites. Outras
tímidas, algumas com falso pudor. As grandes, em geral, são confiantes, têm uma
história, velhos hábitos e não conseguem mudar. As vezes mudam na aparência sem
mudar a essência. Não tenho medo delas.
São o que são, trato e respeito-as como
elas são. Tenho medo do que é para temer, ouso quando elas esperam meu ousar. Elas
são vividas, têm sempre uma história para contar e podemos saber as armadilhas
que temos de evitar. Respeito as regras, uso o que é para se usar.
As pequenas, essas são diferentes. Geralmente são novas e graciosas, tem ruas simples e sorrisos espalhados pelas avenidas. Há paixão nas lojinhas do centro e na conversa das esquinas. Quase todos têm seus defeitos mas ninguém quer notar. Sabem receber novas pessoas sem malícia e não há maldade em suas manias. São apenas manias de suas gentes, daquelas que você adquire por viver só. Surpreendem você com a inocência, com sua sua graça, com aquelas coisinhas que só elas sabem fazer...
As pequenas, essas são diferentes. Geralmente são novas e graciosas, tem ruas simples e sorrisos espalhados pelas avenidas. Há paixão nas lojinhas do centro e na conversa das esquinas. Quase todos têm seus defeitos mas ninguém quer notar. Sabem receber novas pessoas sem malícia e não há maldade em suas manias. São apenas manias de suas gentes, daquelas que você adquire por viver só. Surpreendem você com a inocência, com sua sua graça, com aquelas coisinhas que só elas sabem fazer...
Mas não são todas assim…
Algumas são pequenas mas
já perderam a inocência. Uma tragédia pode ter feito uma ferida profunda em
seus corações. Uma maldade qualquer manchou sua alma. Uma aventura doida tirou
sua retidão. Às vezes espreitam você nas esquinas e nas praças com seu ódio e
sua malícia. Estão ressentidas com aquele aventureiro que delas se aproveitou.
Às vezes têm preconceitos. Falam pelas costas, inventam maldades e boatos só pelo
prazer de ver o mal florescer. E quando são más, são de verdade, e nem as grandes e más cidades conseguem com
elas competir. A malícia e o engano das metrópoles você pode ver, contra eles
se prevenir. As pequenas, quando são más, são de uma forma traiçoeira, que você
não consegue ver, circundar… Aproveite a graça e a beleza das pequeninas que não
têm malícia, mas fuja daquelas que têm veneno fatal. Não são muitas mas conheço
algumas, você também deve conhecer… Fuja delas, por mais interessantes que
possam parecer… há um perigo em cada esquina. Mas o perigo delas é que é um
perigo que você não pode ver…
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