Thursday, April 6, 2017

A luz, as sombras, a vida




A luz, as sombras, a vida


O dia era tão fulgurante, tão cheio de brilho azul, que era impossível se descrever. Quis, então, que ele jamais terminasse. A despeito disso, na hora certa, com graça e jeito, veio a noite cheia de uma escuridão iluminada por uma lua destemida. As coisas eram e não eram. Havia uma paz tão grande e um silêncio tão cheio de suaves sons, que ele, de novo, quis que ela também nunca terminasse. Mas, de manhã, a negritude abalada pelo luar cedeu a uma manhã cheia de nuvens cinzas e chuva. Ele, então, voltou-se para seu próprio interior e ficou ensimesmado, dentro de sua casa. Mas foi bom. Aquele aconchego consigo mesmo aquietou sua alma. Veio mais uma noite, de chuva também. As gotas batiam nas vidraças e aquietavam seu espírito e aquilo foi muito bom. Quando parecia que a natureza não ia parar de chorar, uma estupenda manhã, cheia de sol e nuvens fofas de um branco quase insuspeito, se apresentou. E foi bom, muito bom, e ele quis que aquilo nunca terminasse.

Uma voz lá de dentro, no entanto, sussurrou. Explicou quase cantando, que a vida era assim. Uma interminável sequência de luz, sombras e cores. E ele viu que aquilo era bom, muito bom.

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