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Thursday, December 26, 2013

Que país é este?

Que país é este?



Muita gente pensa que quem inventou esta frase, “Que país é este?”, foi  o Renato Russo  do Legião Urbana. Engano. Quem primeiro falou a frase foi o senador biônico Francelino Pereira, em 1976. Para quem não sabe “biônicos” eram aqueles políticos que ocupavam cargos sem votação popular. Eram indicados diretamente pelo regime militar. Agora nem sei mais se faz alguma diferença, pois há tanta gente eleita, com muitos votos, e que são tão ruins como os biônicos.
A frase, entretanto, passou a ser usada ironicamente por muita gente num sentido absolutamente contrário ao que Francelino tinha pretendido. Sempre, é claro,  referindo-se à nossa nação. Entretanto, a bem da verdade, a gente pode fazer esta mesma pergunta para outros países.
Poderíamos perguntar, por exemplo, que país é este que invade e faz guerra contra uma outra nação baseado em mentiras e falsidades?  No processo, mata milhares de pessoas, inclusive de seu próprio país. Que país é este em que uma quantidade enorme de pessoas, em péssima situação financeira, vivendo com dificuldades, acha que é justo diminuir bastante o imposto pago pelos ricos? Masoquismo? Que país é este que acha que é normal vender armas para qualquer um, sem pedir antecedentes criminais?  Que país é este em que uma associação representante das indústrias de armas decide que leis sobre armas pode ou não passar? Que país é este onde soldados voltam da guerra, mutilados, e têm uma dificuldade enorme para receberem a assistência médica? Guerra é guerra, mas o soldado não é quem tem a culpa. Que país é este onde cerca de vinte ex-soldados  se matam por dia por causa das coisas que viram em batalha? Que país é este onde muitos filhos ficam calculando quanto os pais, que estão morrendo, vão deixar de herança?
Há intermináveis  “Que país é este? ” que poderiam ser enunciados, mas esses são mais do que suficientes. Muitos outros países poderiam ser alvo dessa mesma pergunta.

No final das contas, o que precisamos é fazer as contas. Quanto de bom sobra, em determinada nação, depois de tirado todo o mal?  Eu não vou fazer essa conta, pois Matemática não é meu forte, e, além disso, não sei se quero mesmo saber...

Um pouco de história

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Essa vida da gente

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Sunday, April 15, 2012

Sociedades Não Tão Secretas

Sociedades Não Tão Secretas
Ainda bem que existem essas associações que tentam proteger as minorias, os desamparados, os aflitos. Elas existem no mundo inteiro mas aqui nos Estados Unidos elas proliferam. Os aposentados, por exemplo, têm a AARP (American Association of Retired Persons) que, entre outras coisas, procura arrumar descontos para os seus sócios, tenta protegê-los no Congresso Nacional contra leis que queiram tirar seus benefícios, faz pressão para melhorar a aposentadoria. Nada mais justo. As pessoas de raça negra têm  a NAACP (National Association for the Advancement of Colored People) que examinam casos de discriminação, que protegem seus associados contra injustiças e pressionam politicos para que promovam leis que mais e mais lutem contra o isolamento de seu grupo. Além disso,  incentivam crianças e jovens a buscarem seu justo lugar na sociedade. A   NCLR (National Council of la Raza) faz a mesma coisa pelas pessoas  de raça hispânica.  E assim vai. O Greenpeace luta pelo meio ambiente. Todos precisam de proteção neste mundo cruel, cheio de competição, injustiça e maldade. Existe, porém uma associação muito especial: a NRA (National Rifle Association of America). Alguns traduzem como Associação Nacional de Rifles. Definitivamente ela não é como as outras. Não, não é também algo como um grande clube de tiro ou coisa assim. Estariam eles protegendo as incontáveis vítimas de tiros acidentais e outros não tão acidentais? Com certeza não. Estariam protegendo os possuidores de armas, talvez,  contra processos de pessoas descuidadas que levaram tiros de outros porque são distraídas? Talvez protegendo as armas propriamente ditas? Pensando bem, acho que  elas não precisam de proteção…
Nada disso: ela  protege os fabricantes de armas. Contra quem não gosta delas, contra quem quer regulamentar a venda, contra quem acha que é perigoso. Pressionam politicos e desviam a atenção da imprensa quando acontece um desses tiroteios famosos que matam muitas pessoas. São riquíssimos e poderosos. Dizem até que investiram pesado no Brasil quando houve o plebiscito a respeito das armas. Será? Não, não é possível… Esse pessoal fala demais... De qualquer forma, se eles abrirem um escritório no Brasil, já sei até o “slogan” que eles vão usar. Vão parodiar a frase dos antigos navegantes e depois usada por Fernando 
Pessoa e Caetano Veloso:  “Atirar é preciso; viver não é preciso” , ou em outras palavras, é mais importante vender uma arma do que tentar evitar que alguém seja vítima de uma. Pois é, há  associação para tudo…