Friday, July 1, 2016

A Fúria de Cristo





A Fúria de Cristo

 Quem sou eu para falar de religião, da Bíblia e coisas afins? Certamente não sou a pessoa certa e não tenho autoridade, mas por outro lado, uma opinião leiga às vezes lança uma luz justamente por isso. Pois é, quando Jesus passou por aqui sempre falou de paz, perdão e amor. No Novo Testamento inteiro sempre há esse clima. Jesus perdoou pecados horrendos, perdoou uma prostituta, sempre foi extremamente compreensivo com as fraquezas humanas. Sempre um ombro amigo para choro e arrependimento. Em duas ocasiões, entretanto, parece que  Cristo fugiu um pouco desta rotina. Ele realmente se encheu, se é que podemos dizer isto, de uma fúria divina. Uma vez foi no templo quando os comerciantes usavam o lugar sagrado para fazer suas transações: “E havendo entrado no templo, começou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos banqueiros, e as cadeiras dos que vendiam pombas; e não consentia que qualquer transportasse móvel algum pelo templo.”( Marcos, XI: 15-18).Outra vez foi quando ele admoestou sobre as criancinhas: “Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar.” (Marcos 9:42-48).Nem parece o doce Jesus de quem sempre ouvimos falar. 
Parece o Deus severo do Velho Testamento que tinha de  ser temido.
Aí é que vem a ironia. Quais são as duas maiores correntes do Cristianismo? Sabemos que são o Catolicismo e o Protestantismo. Quais são os maiores absurdos dos tempos modernos em termos de religião? Sobre o Catolicismo: o recente caso de abuso sexual contra crianças. Sobre o Protestantismo: a ganância desenfreada de alguns setores. Claro que estas duas coisas não são institucionais, são repreendidas pelos próprios líderes de ambos os lados, mas aconteceu e acontece.
Parece óbvio que Jesus, sendo Deus,  já antecipava essas fraquezas humanas e há 2.000 anos atrás já lançou seu grito de fúria. Que ninguém tenha dúvida. 
Ainda assim, aconteceu...

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