O
futuro
Insensível,
triunfante, o futuro chegou. Não esperou o passado passar, nem o presente se
firmar. Agora, olhamos para ele, atônitos, tentando entender quando ele
começou. Foi diferente dos futuros
passados, esperados, calculados, controlados. No início, o passado passou por
ridículo, diante da estonteante graça e
excelência dos novos tempos. O inédito, de tão impressionante, ofuscou as
relíquias e as preciosidades antigas, deixando-as subitamente esquecidas num
antigo baú. O espaço abriu o infinito de sua arena, o minúsculo se dividiu em
partes menores e as partículas tornaram-se particularmente interessantes.
Os
mais novos nem conheceram o passado. Os mais velhos, alguns, mergulharam na
nova ordem e nem olharam para trás. Outros, assustados, viajaram de volta para
ele, para de lá não mais sair. Um contraste medonho, sem paralelo, sem referência
anterior.
Agora,
assustados e refeitos do primeiro impacto, muitos repensam. Tentam abrir o
velho baú. Os novos, por curiosidade. Os mais velhos tentando achar onde o
futuro estava escondido no pretérito. Quem sabe ele estava lá, disfarçado, e
ninguém viu. O fato é que, agora, ele está indomável. Tudo controla, até aquilo
que não devia ser controlado. Desvairado, arrogante, não sabemos onde ele vai
parar...
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