Tuesday, February 28, 2017

Poema do Homo Sapiens


Poema do Homo Sapiens

Engenharia genética, biologia sintética, célula-tronco, genoma, cromossomo, fenótipo, quantum, teoria das cordas, massa escura, cinzenta, paralelograma, universos, os multi e os paralelos, exoplanetas, planejamento famíliar, síndrome de down, o diabetes ou a diabetes, daonil, fêrmions, léptons, quarks, hádrons, Bóson de Higgs, partícula de Deus, meu Deus, quem foi eliminado no Big Brother Brasil?



o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o



  À venda


Lançamento no Clube de Autores:  Insólito

Para comprar no Brasil ( impresso ou e book) clique: 



Para comprar nos Estados Unidos clique




Monday, February 27, 2017

Abraham, o que foi que você fez?



Abraham, o que foi que você fez?

Abraham Lincoln sempre foi considerado um dos maiores presidentes americanos, se não o maior. Pode ser considerado o libertador dos escravos. Conduziu o país com vigor e sabedoria durante a Guerra Civil Americana, uma das piores ocorrências da história da nação. Fez declarações importantes, discursos motivadores e tomou decisões corajosas. Entre  as frases que lhe são atribuídas existe essa: “Quase todo homem pode enfrentar a adversidade, mas se você quiser testar o caráter de um homem, dê-lhe o poder.”
Não há como contestar essas qualidades, como desconhecer esses fatos históricos. Há, entretanto, uma passagem de sua vida política que nos faz pensar. Em 1862, em Minnesota, o governador Alexander Ramsey exigia do presidente a intervenção para acabar com a revolta dos índios Sioux em seu estado. Mais do que isso, queria que Lincoln mandasse excutar 303 índios americanos por supostamente terem matado homens brancos no conflito. Há de se ressaltar que as terras indígenas haviam sido “desapropriadas” pelo valor de 1.4 milhões de dólares pelo governo federal. Esse valor nunca foi repassado aos mesmos. Foi retido pelas autoridades encarregadas do assunto. Mesmo o alimento que era destinado a eles, foi desviado e vendido à população branca.
No meio da Guerra Civil, pressionado pelos políticos, o presidente tomou a decisão de autorizar o enforcamento de 38 índios, do total de 303, além de fornecer 2 milhões de dólares para Minnesota, como parte da negociação. Esta foi a maior execução pública da história americana. Os nativos estavam apenas lutando pelas suas terras.
Claro, estamos falando de política e algum defensor fanático poderia dizer que ele não mandou matar 38, que, na verdade, ele salvou 265 da execução, pois o governo de Minnesota queria enforcar 303.
Não é esse tipo de explicação que os políticos de todas as épocas sempre dão?
Por isso é que devemos perguntar: “Abraham Lincoln, o que foi que você fez?”

A HISTÓRIA


************



  À venda


Lançamento no Clube de Autores:  Insólito

Para comprar no Brasil ( impresso ou e book) clique: 



Para comprar nos Estados Unidos clique






Sunday, February 26, 2017

O Poço



O Poço

O mundo da criança tem seus próprios fantasmas, seus próprios medos. Originam-se ora de perigos reais, ora de manobra dos adultos para efeito de controle, às vezes até justificáveis. Alguns desses medos permanecem até mais tarde, outros somem, outros novos aparecem.
Um dos medos da minha infância, meu e de meus amigos, era o poço. Não era história inventada pelos pais ou coisa de nossa imaginação, era um pavor real, baseado em fatos. O poço. Sim, ele era tão real que poderia até ser um personagem de história. Fazia coisas crueis, era mau, era assassino.
Não havia água encanada e as pessoas precisavam beber, precisavam se lavar, quem não precisa? A solução era escavar, escavar até encontrar o líquido mais do que precioso. Para quem morava nas partes baixas, era fácil. Dois ou três metros de escavação e a água jorrava lá no fundo, acumulava-se na base. Com um balde, corda, e manivela, ela vinha fresquinha para cima. Para nós que morávamos lá no alto, a história era outra. Os coitados começavam a escavar, dias, semanas e nada. A terra era levada, balde a balde, para cima, 20, 25 metros.
Era desses poços bem fundos que vinham as tristes histórias de trabalhadores que ficavam soterrados durante a construção. A terra se soltava, não havia segurança. Não nos contavam os detalhes, éramos muito pequenos, mas vez ou outra, víamos mulheres chorando, falando baixinho, o pavor na face. O marido, um irmão, um conhecido, alguém havia desaparecido. Muitas vezes, mais de um.
Todos temíamos os poços. Era um dos nossos terrores. Depois veio a água encanada e esse medo foi embora. Ficaram outros medos, talvez piores, algum sempre fica.Talvez precisemos do medo para termos cuidado, para termos coragem.Quando nos tornamos adultos, às vezes precisamos estar no fundo para conseguir ver  a luz que está lá em cima. Só assim que alguns conseguem vê-la...

************



  À venda


Lançamento no Clube de Autores:  Insólito

Para comprar no Brasil ( impresso ou e book) clique: 



Para comprar nos Estados Unidos clique





Friday, February 24, 2017

Gol de Placa




Gol de Placa

Você sabe de onde vem a expressão “gol de placa”?
No torneio Rio-São Paulo de 1961, no dia 5 de março, num jogo do Santos contra o Fluminense, aos 40 minutos do primeiro tempo, Pelé fez algo extraordinário. Recuou para seu campo e recebeu um passe de seu companheiro Dalmo e depois foi levando todo mundo - Pinheiro, Clóvis, Altair e Jair Marinho-  até o outro lado, quando tirou o goleiro Castilho da jogada e colocou a bola no canto direito. Foi um gol tão bonito que as duas torcidas se levantaram e ficaram batendo palmas por dois minutos. Pelé tinha apenas 20 anos e já tinha participado de um mundial.  O jornalista Joelmir Beting, impressionado como todos, mandou fazer uma placa, que foi colocada no saguão do estádio, com os dizeres:
"Neste estádio, Pelé marcou no dia 5 de março de 1961 o tento mais bonito da história do Maracanã"
As imagens foram perdidas e para fazer o filme “Pelé Eterno”, Anibal Massaini, cineasta, precisou reproduzir as cenas com o jovem Toró.
E daí o nome ficou. Toda vez que alguém marca um gol de extraordinária beleza, nós dizemos “gol de placa”. Hoje em dia, com o futebol “prático” que temos, eles são cada vez mais raros. Podemos usar também a expressão em outros campos: ciência, tecnologia, politica, etc.
Em política, a não ser por Mandela, não me lembro de ter jamais visto um.
Que pena.




                                         ============

Video Trailer: À procura de Lucas



 À  procura de Lucas


Para adquirir este livro no Brasil 

Clique aqui  ( e-book: R$ 7,32 / impresso: R$ 27,47)

Para adquirir este livro nos Estados Unidos 



Fagundes, um “cabra” de visão



Fagundes, um “cabra” de visão

O Fagundes estava com seus quarenta anos naqueles saudosos anos 50. Homem esperto para a época. Gostava de conversar, bater um papo com os amigos. Não tinha estudo nenhum, mas até que falava bem. Entendia um pouco de tudo. E como gostava de explicar!
Naquela tarde morna, perdida no tempo, estavam ele e sua turma, jogando conversa fora no bar. O Fagundes estava explicando a história das marés, da influência da Lua, e outras coisas assim. Não disse que o homem entendia um pouco de tudo? Não sei que raio de associação mental o seu amigo Tonico fez, que acabou falando do correio. Acho que foi porque o Fagundes tinha falado da distância daquele corpo celeste em relação à Terra, quanto tempo a luz demorava para chegar, alguma coisa assim. A cabeça da gente não dá umas reviravoltas assim, de vez em quando? Pois é, o Tonico disse que as respostas para as cartas que ele mandava para o irmão na cidade grande, demoravam um tempo danado para chegar. Parecia que o irmão morava na Lua, disse ele. Muita gente pensou que talvez uma explicação melhor fosse que o irmão dele era um tremendo de um preguiçoso e demorasse para responder, mas ninguém falou nada, não. Foi daí que o Fagundes disse algo bem esquisito, que deixou todo mundo pensando. Falou que, no futuro, ninguém mais precisaria escrever missivas em papel. As conversas iam passar pelos fios de eletricidade. Do mesmo jeito que a gente hoje telefona, a gente iria poder escrever e mandar tudo pelos fios de eletricidade. Uma coisa óbvia. Todo mundo duvidou daquela conversa do Fagundes. Acharam mesmo que ele tinha bebido um pouco demais. Conversa besta, meu! Mandar cartas pelos fios? Que exagero! Diante do ar de incredulidade, o Fagundes foi ainda mais enfático. Disse que mais tarde ainda, nem fio não ia precisar mais. As cartas, sem papel e sem envelope, iriam viajar pelo ar. Além disso, tudo que a gente escrevesse ia chegar rápido como um raio. Dessa vez, todo mundo riu e pensou que ele estava brincando.
Se todos eles estivessem vivos, quem iria rir agora, era o Fagundes. Ele só não chamou o novo “serviço postal” de correio eletrônico ou de e-mail porque a palavra não existia ainda em Português e Inglês ele não falava.
Mas que era um sujeito danado de esperto, esse Fagundes, isso ele era! “Cabra” de visão!

                                                      ============

Video Trailer: À procura de Lucas



 À  procura de Lucas


Para adquirir este livro no Brasil 

Clique aqui  ( e-book: R$ 7,32 / impresso: R$ 27,47)

Para adquirir este livro nos Estados Unidos 

o

Wednesday, February 22, 2017

E se a vida fosse assim



E se a vida fosse assim

E se a vida fosse assim,
cheia de amores sem fim,
sem nome para o ódio,
sem toda essa ganância,
o primeiro episódio
de uma longa infância,
o capítulo final
de uma obra magistral?
E se fosse só carinho,
só suspiros de amor,
só rosas em nosso caminho,
sem um nadinha de dor?
Eu sei que é impossível,
por isso fico impassível
no meu canto, a torcer,
para o sonho acontecer.

                                               ============

Video Trailer: À procura de Lucas



 À  procura de Lucas


Para adquirir este livro no Brasil 

Clique aqui  ( e-book: R$ 7,32 / impresso: R$ 27,47)

Para adquirir este livro nos Estados Unidos 

O Mendigo e o Acelerador de Partículas



O Mendigo e o Acelerador de Partículas


Felicidade, como tudo na vida, é uma coisa relativa. Depende de quanto, percentualmente, você consegue do seu objetivo. Por exemplo, para um mendigo, e portanto, sem teto, receber de repente uma esmola de R$ 10.00 pode ser muito mais do que uma namorada receber um anel de brilhantes, de milhares de dólares do namorado rico. Ela estava esperando uma proposta de casamento no lugar disso. Como o mendigo conseguiu 10 vezes mais do que estava esperando, que era apenas um real, e a moça conseguiu apenas 1 milésimo do que queria (o casamento) , é só fazer as contas... Um milésimo? Não estou exagerando, pois para ela, o casamento ia render muito mais do que 1000 vezes  em relação a  um anel . E isso só para falar em termos materiais ou relacionados, pois se falarmos em termos filosóficos, emocionais, teológicos, “bota relatividade” nisso. Esta idéia não é apenas psicologia barata, um truque de pensamento. É real, mais real do que qualquer coisa que você possa imaginar. Dá para fazer toda uma filosofia baseada nisso, até mesmo uma religião... O que estou falando também é relativo. Depende do humor de quem está lendo. Pode ser um conselho ótimo para alguns, dependendo de seu estado psicológico, pode ser “conversa mole” para outros que, no momento, estão pensando em coisas mais práticas. 
Ah, estava me esquecendo, ainda existe o fator tempo ou época. Para o mendigo, em outra ocasião, um prato de sopa e um abraço e promessas de uma vida melhor podem valer muito mais do que R$ 10.00. Para a namorada de que falamos, um anel, em outras circunstâncias, mesmo sabendo que não vai haver casamento, pode ser uma coisa espetacular. Vamos dizer que ela já havia se conformado com o fato de que não vai se casar ou... estava se sentindo muito deprimida e sem valor... bem podemos seguir indefinidamente. Como dizia Einstein, tudo é relativo. Só a velocidade da luz, que é coisa mais rápida do universo, é absoluta. Nada mais rápido na natureza. Bem, em termos. Recentemente, a partir de resultados do gigante acelerador de partículas da Europa (CERN), estão levantando a hipótese de que o neutrino é um pouco mais veloz que a luz. É complicado... Quer dizer, para mim, que não sou físico nem cientista. Como se pode ver, isto também é relativo. Mas agora tenho de ser absoluto, preciso parar,  pois se não, esta crônica vai embora e segue no infinito, mas isto também, de certa forma, é relativo...



o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o

Paralelo 38 e outras histórias
Paralelo 38 e outras histórias


Para adquirir este livro no Brasil:

Clique aqui ( e-book: R$ 7,75/ impresso: R$ 25,96)

----------------------------------

Para adquirir este livro nos Estados Unidos :



Monday, February 20, 2017

Quanta vezes nós nos amamos




Quanta vezes nós nos amamos

Quanta vezes nós nos amamos,
quantas vezes nos odiamos,
fomos a lava no oceano,
fomos a solução do engano,
o sangue no branco do piso,
a melancolia do riso.
Querida, tudo isso nós fomos,
uma paixão tresloucada,
uma contradição educada, 
um caminho que vai e volta,
uma angústia que revolta,
a manhã depois da tormenta,
a fome que se alimenta,
amor, tudo isso nós fomos.
E agora o que é que somos?
Uma incrível melodia,
uma primavera no dia,
da fria noite, o calor,
tudo isso nós somos, querida.
Nós somos humanos se amando,
é o que nós somos, meu amor.


 À  procura de Lucas


Para adquirir este livro no Brasil 

Clique aqui  ( e-book: R$ 7,32 / impresso: R$ 27,47)

Para adquirir este livro nos Estados Unidos 

Saturday, February 18, 2017

Por falar em amor, perfeito amor



Por falar em amor, perfeito amor

Poucas pessoas ousam definir o amor. É muito complicado e tem múltiplas faces. Eu também não vou ousar, mas classificar, a gente pode.
Existe o amor de um homem por uma mulher e vice-versa. Geralmente vem acompanhado de sexo. Os antropólogos dizem que é uma questão de perpetuação da espécie. Faz sentido. Ultimamente, depois de muita coragem, apareceu o amor entre pessoas do mesmo sexo. Uns acham normal, outros têm ódio de quem o pratica. Por que se preocupar tanto com o amor dos outros? Talvez falte em si mesmos o próprio amor e, quem sabe, até o amor próprio.
Continuando, existe aquele dos pais para os filhos. Caramba, este é forte. Tão forte, que quem o pratica, acaba até amando as crianças todas. Acho que isto também faz parte da preservação da espécie. Cuidar dos pequeninos, enquanto eles ainda são frágeis. Depois, a gente se esquece, e acaba amando os danadinhos pelo resto da vida. Para ter esse amor, você nem precisa ter filhos. E, por outro lado, quem não ama as crianças, não sei não... Alguma coisa errada tem de haver. Quando a gente fica velho, normalmente eles amam a gente de volta. Acho que é porque nós viramos crianças de novo.
Existe ainda um outro amor. Estou só falando de seres humanos, é claro. Aquele amor pelo semelhante. Esse é bem menos comum, mas existe, e é muito bonito e muito importante. Acho que é por isso que Cristo insistia tanto nele. Deve ser o mais raro, o mais difícil de se achar por aí.

Amor perfeito, porém, acho que não existe. Só a flor, o amor-perfeito. Mas o amor é masculino e a flor é feminina. Por isso fico pensando, será que o amor, lá no fundo, é uma mulher? 

                   =============


Video Trailer: À procura de Lucas




 À  procura de Lucas



Para adquirir este livro no Brasil 

Clique aqui  ( e-book: R$ 7,32 / impresso: R$ 27,47)

Para adquirir este livro nos Estados Unidos