Menina
Maria, Maria borboleta (um conto de crianças)
Ela ia de flor em flor, cheirando, admirando, tocando.
Vestida de um amarelo brilhante, com laços de marrom sutil, parecia era mais
uma flor entre outras flores. Quem olhasse de baixo, ia ver um monte de cores:
o vermelho das flores, o verde das folhas, o amarelo dela e o azul do céu.
De repente ouviu um nome: Maria! Quem será que estava
chamando? Chamando quem? Era uma vozinha de menina, suave, aveludada. Ela
repetiu o nome. Foi então que ela percebeu que a chamavam de Maria. Maria era
seu nome? Como não soubera antes? Ou será que sempre se chamou Maria e nunca
ninguém se lembrou de chamá-la pelo nome?
De uma forma ou outra, gostou. Espalhou para todo mundo:
Meu nome é Maria. As outras todas, vestidas como ela, de vibrante amarelo e de
sutil marrom, acharam que elas eram Marias também. E elas estavam por toda a
parte, em todos os jardins, em todas as flores. De repente todo mundo era
Maria.
E a menina que chamou a Maria de Maria, vejam só, também se
chamava Maria. E esse nome lhe tinha dado, porque como ela se vestia: amarelo –
vibrante – e um sutil marrom.
E daí, os jardins daquela rua, viraram um encantamento. Era
o azul do céu, o verde bravo das folhas, o marrom dos laços e o amarelo vibrante
das vestes. Eram as marias, borboletas, e a Maria que tudo começou, a Maria
menina.
Menina Maria, Maria Borboleta, azul do infinito, amarelo
como se fosse ouro brilhante. Tudo isso pintado no canvas azul do céu. Voavam,
brincavam, eram um monte de cor. Foi então que fizeram um arco imenso no céu.
Um enorme arco-íris. Numa ponta a Maria menina, no arco as borboletas, noutra
ponta o pote de ouro.
Veja só o que essa menina Maria fez. Uma confusão danada!
Maria sempre foi assim, cheia de imaginação.
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À procura de Lucas
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