Friday, June 30, 2017

O sonho do Jeremias

(realismo fantástico)








O sonho do Jeremias

Jeremias acordou, mas não abriu os olhos. Estava tentando entender o sonho que tinha acabado de ter. Nele, estava dormindo, quando ouviu um barulho e percebeu que o teto de sua casa estava subindo, como se tivesse sendo tirado por alguém. Assustador e com uma incrível sensação de realidade.
Como se temesse não ser apenas um pesadelo, foi abrindo os olhos, bem devagar. Era de manhã e os primeiros raios de sol já espantavam a escuridão. Quando viu aquele azul escuro e a ponta do telhado sumindo, percebeu que suas suspeitas não eram apenas suspeitas. Não demorou muito e um rosto – ironicamente simpático e enorme – espiou dentro do quarto. Meio amarelo, olhos asiáticos e um sorriso quase ingênuo contrastavam com o horror da situação. Jeremias pensou por um instante que ainda havia a possibilidade de tudo aquilo não ser verdade. Fechou os olhos por uns instantes, encheu-se de uma esperança vã e abriu-os novamente. Ele não estava mais lá. O alívio, entretanto, foi por pouco tempo.
Daí para a frente, foi tudo muito rápido. O inusitado dos acontecimentos causava uma perplexidade tão grande que Jeremias não conseguia pensar e muito menos avaliar a situação. Dois dedos enormes vieram de cima e pegaram-no pelo tronco, tirando-o da casa. Aquele ser, que agora dava para ver – era um gigante – levou-o cuidadosamente para uma espécie de galpão, muito maior e mais alto que sua residência e sem uma das paredes. No chão havia uma espécie de cobertor grosso, onde foi colocado. Aquele estranho ser, com forma humana, tinha suas peculiaridades. As pernas eram excessivamente longas em relação ao resto do corpo. Devia ter uns 5 metros de altura e era incrivelmente delicado e cuidadoso para seu tamanho.
Jeremias imediatamente sentiu-se como um animal de estimação. Ainda mais, depois que viu um pote de água e algo que parecia comida sobre um tablado. O ser desapareceu por um tempo e, aos poucos, Jeremias foi se acomodando e experimentou a comida e bebeu um pouco de água. O alimento tinha um sabor desconhecido, mas não era nada mau. Sentou-se num tronco e tentou arrumar suas ideias. Embora assustado, agora estava com aquela sensação de que aquilo não era tão estranho assim. Tinha a impressão de que já conhecia o lugar e, talvez, o próprio ser.
Quando esse voltou novamente para observar se estava tudo bem com Jeremias, ele já não se lembrava mais do sonho. Aliás, ele se lembrava de um sonho, sim. De que estava numa casa pequena, cheia de repartições e que tinha sons estranhos vindos de uma caixa luminosa. Havia outras coisas muito bizarras espalhadas por todo o lado. Aos poucos tudo passou a ser normal. Os dias eram sem noite e sem horas. Um continuar.
Ele não tinha mais nome, o Jeremias. Ele não era ele, era um ser que agora pertencia a um outro ser.
Seu dono era bom, cuidava bem dele. Isso era tudo que importava.

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O massacre de Bowling Green


O massacre de Bowling Green

O massacre de Bowling Green foi citado por uma assessora do presidente Trump - Kellyanne Conway – durante uma entrevista a uma estação de TV americana. Por mais que haja tiroteios e mortes violentas nos EUA, um “massacre” não teria passado despercebido pela imprensa americana. Teria sido um “fato ululante” parafraseando Nelson Rodrigues. O entrevistador imediatamente interpelou a entrevistada que fugiu pelas laterais, como sempre fazem pessoas desse tipo. Aliás ela é famosa também por usar o termo “fato alternativo” quando o atual presidente insistiu em afirmar que havia mais gente na sua posse do que na de Obama, apesar das inúmeras fotos provando o contrário. Interpelada, disse que o seu chefe tinha direito a um fato alternativo, ou seja, a presença de uma multidão enorme na ocasião. Ou seja, "fato alternativo" não é nada mais que uma mentira. Muito criativa, a senhora Kellyanne.
Voltando, porém, ao massacre, qualquer um imaginaria várias pessoas sendo assassinadas brutalmente naquela cidade de Kentucky. O que aconteceu foi algo bem diferente. Dois cidadãos iraquianos foram presos por suposto envolvimento com terrorismo. Nem uma gota de sangue, tiro nenhum.
É assim que funcionam as notícias falsas. Os “criadores” selecionam um determinado fato que realmente aconteceu, no caso a prisão dos iraquianos, e inventam toda uma história, cheia de detalhes e que servem para propagar falsas ideias e fatos que não aconteceram. “Fatos alternativos”, como ela mesma afirmou. As pessoas se lembram vagamente da prisão, estabelecem uma conexão com a realidade e acabam acreditando no resto da história. Essa é a mecânica das notícias falsas.
Ah, se você está pensando que ela ficou constrangida quando foi apanhada falando mentira, está totalmente enganado. Essas pessoas definitivamente não têm vergonha, literalmente.

E você não acreditava em “universos paralelos” previstos pela Física Quântica, certo? Melhor reconsiderar...

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Thursday, June 29, 2017

Procurando dodô


Procurando dodô

O dodô era um pássaro das Ilhas Maurícias que não tinha medo de humanos. Os primeiros colonizadores que chegaram àquelas ilhas, matavam muitos deles por serem alvo fácil. Além disso, a ave fazia seus ninhos no chão e seus ovos eram presas fáceis de todo tipo de predador. O fato é que se tornou um animal extinto já por volta do ano 1700. A natureza é um sofisticado e delicado sistema. 
Os cientistas descobriram recentemente umas árvores na mesma região, apenas treze, que têm mais de 300 anos. Também não nasceram mais desde essa época. Só então fizeram a correlacão. As sementes só ficavam ativas depois de passar pelo sistema digestivo dos dodôs. Foi por isso que não nasceram mais. Um verdadeiro castigo. 
Descobriram, no entanto, que podiam fazer o mesmo com perus. Agora é só esperar mais 300 anos (?!?) para elas ficarem do mesmo tamanho.
Ironicamente, os dodôs, se ainda existissem, hoje em dia talvez pudessem ser preservados através de zoológicos que se preocupam com isso. Depois de 1700, os homens pioraram em termos de preservação de espécies. Ultimamente, melhoramos um pouco e estamos tentando impedir o sumiço de muitas delas.
Coitados dos dodôs, não adianta mais procurar por eles. Agora eles são história. Coitados de nós, que não sabemos cuidar dos bichinhos.


ooooooOOO0OOOooooo

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Wednesday, June 28, 2017

A arte de se calar



A arte de se calar

É impressionante como pessoas importantes, como políticos, artistas, homens públicos em geral, acabam falando besteiras monumentais para o público. Provavelmente falam sem pensar e soltam a primeira coisa que vem à cabeça. Depois tentam consertar, pedir desculpas pelo preconceito que demonstraram, pela visão ridícula que apresentaram do mundo, etc.  Houve casos até de gente que chorou de arrependimento. Honestamente ou não, eu não sei. O fato é que dificilmente falamos algo que, pelo menos, não está no subconsciente. Somos o que somos. Pessoas sábias, experientes, não falam muito. Pensam antes de abrir a boca.
Há ainda as pessoas que nem sabem falar. Ainda assim, falam bastante. Mostram tudo “que sabem” e, normalmente, o pouco que sabem, é lamentável.
Ficar calado é uma arte. Outra arte, irmã dela, é falar só o que é necessário na hora certa. São, definitivamente duas coisas muito difíceis. Existem pessoas, porém, que não aguentam...





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Tuesday, June 27, 2017

A cor da fé, a cor de Jonathan Ferrell



A cor da fé, a cor de Jonathan Ferrell

Quando percebeu, o carro já estava saindo da pista, voando sobre a calçada, para, finalmente, bater contra uma árvore. Assim que recobra a consciência, procura pelo celular para pedir socorro. Uma confusão terrível dentro do veículo, nada podia ser encontrado. Cambaleante, consegue sair e se aproximar de uma casa. Bate à porta na esperança de conseguir ajuda ou pelo menos um telefone emprestado para chamar a polícia. Ninguém responde. Lá dentro, uma mulher apavorada chama a polícia dizendo que um bandido está tentando entrar em sua casa. Rapidamente algumas viaturas aparecem. A vítima, andando às tontas, finalmente poderia ser socorrido. Ele ouve uns gritos confusos, que não entende. Na verdade eram ordens da polícia para que se deitasse no chão. A seguir, dez tiros. Dez. O homem, que além de não ter celular, certamente não tinha armas, cai morto.
O policial é acusado de assassinato, mas um júri se recusa a processá-lo, devido às “circunstâncias”.

A cor da vítima, talvez você já saiba, era negra. Ele era um ex-jogador de futebol americano. A da mulher, eu não sei – ela não saiu de casa – provavelmente era branca. Outra coisa que eu não sei, mas vou conjeturar, é que no domingo ela foi à igreja e agradeceu a Deus por tê-la livrado de um terrível ataque. Pelo menos de um possível ataque. O que Deus pensa de tudo isso, eu também não sei, embora possa imaginar. Aconteceu em Charlotte, Carolina do Norte, EUA.


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Thursday, June 22, 2017

Um pedaço do céu, um ateu e a Dona Zulmira


Um pedaço do céu, um ateu e a Dona Zulmira











Quem colocaria numa cidade o nome de “Pedaço do Céu”? Pois bem, entre tantos nomes estranhos, pelo menos esse era auspicioso. Diria, até, apropriado.  Por ser pequena, muito pequena, talvez devesse ser “pedacinho”, mas aí entrou um pouquinho de vaidade e o diminutivo ficou de lado.  Não sei se por causa do destino, ou de fatores sociológicos, ou até mesmo antroplógicos, o fato é que o nome tinha tudo a ver. Não havia em toda a cidade, uma só pessoa que não frequentasse a igreja. Além do Centro Espírita, que certamente deve ser contado, havia pelo menos mais quatro igrejas com sede e tudo mais. O Centro ainda não tinha um templo, tudo era feito na casa do “seu” Joseval. O homem tinha mesmo aquele olhar distante e calmo, de quem sabe o que há no porvir. De quem conhece o outro lado da existência.
 Embora não houvesse grandes contendas metafísicas, vez ou outra, uma contenda filosófica ou teológica, aumentava um pouco a tensão. Fora isso, era um harmonia só. Até o horário oficial dos cultos, da missa e da sessão espírita, era sincronizado. Ninguém, acho, queria ser pego de surpresa  por um concorrente de fé.
Foi por isso que, quando o professor Carlos chegou, a população ficou meio desconfiada. Aquele homem calmo, cheio de paz, e certamente  muita sabedoria, seria uma aquisição e tanto para qualquer rebanho. Para frustração de todos, logo ficou-se sabendo – o que não se sabe em um lugar tão pequeno? – que o professor não tinha religião nenhuma. Era ateu.  O vigário – não se sabe por quê – achou melhor chamá-lo de agnóstico. Não deu muitas explicações para o palavreado estranho. Espero que eu não seja excomungado por isso dizer, mas acho que ele estava com segundas intenções. Aquela palavra parecia mais pesada e certamente os seus fieis ficariam com mais medo.
O fato é que o homem era muito inteligente e culto.  Certamente ninguém queria entrar em um debate com ele, embora sua simplicidade e modéstia fossem  óbvias. Passado algum tempo, as pessoas foram se acostumando com o fato de que um “agnóstico” não é um bicho-papão. Quase todos. A Dona Zulmira e suas comadres, que ficaram muito impressionadas com a inusitada alcunha, resolveram continuar sua campanha. Aquela era um pessoa perigosa, ainda mais ensinando nossas crianças. O que se pode esperar de alguém que não acredita em Deus? Pior mesmo foi quando ela começou a falar que o demônio tem muitos truques. Às vezes veste uma máscara de bondade, de fraternidade, de paz e até de sabedoria. E aí é que estava o perigo. A maior parte das pessoas não levava isso a sério, mas, lá no fundo, muitos, inclusive seus alunos, passaram a olhar para o rosto do professor de um jeito diferente. Começaram a ver, escondido atrás daquela face sadia e honesta, o rosto do tinhoso. É uma coisa do inconsciente. Claro, ninguém tinha certeza. Alguns, porém, até tinham medo.  Essas coisas são assim, pessoas fanáticas podem destruir o mundo.
O professor Carlos, com muito jeito e paciência, foi levando sua vida. Era até bom não ter muita interação com algumas pessoas. Podia ter seu “retiro”, podia observar a natureza, ele gostava muito disso. Dava passeios longos, às vezes a pé, às vezes de bicicleta. O lugar para o qual ele mais gostava de ir, era, ironicamente, o “Monte do Santo”. Uma pequena elevação, de onde se podia ver a pequena cidade, o “pedaço de céu” , se espelhando pela paisagem. Ao redor, três estradas que ligavam aquela pequena população com o resto do mundo. O pôr de sol e o amanhecer eram, desculpem o jogo de palavras, divinos, visto dali.
Era um domingo ao anoitecer. O professor tinha acabado de subir o pequeno monte, que, aliás, era praticamente na beira da cidade. Admirava o final do dia. O sol ainda podia ser visto lá do outro lado, mas sombras já se espalhavam pelas casas, pelos pequenos prédios. A cidade não era muito iluminada e, por isso, cinco lugares se destacavam por ter um pouco mais de luz. Havia a luz da igreja católica, a luz de uma igreja protestante tradicional, a luz de duas igrejas avivadas e, finalmente, a luz do Centro Espírita. Se Carlos resolvesse se converter, não seria pela força da luz que vinha das congregações. Ali, do alto do morro, todas pareciam fracas e iguais. Era, no entanto, uma paisagem bonita. Ele estava satisfeito. De repente, porém, viu uma luz nova, diferente, que, depois de começar pequena, começou a aumentar. Se ele tivesse um só poquinho de fé, poderia ver aí um milagre, um sinal divino. Mais uma nova religião, dessa vez, a certa. Mas aquele seu pensamento científico não deixava margem para imaginação. Em poucos minutos tirou uma conclusão lógica. Um incêndio estava começando. Ele sabia que ninguém viria socorrer, ajudar. Estavam todos bem no meio das orações, dos pedidos. Sabia que estava sozinho na empreitada. Pegou a bicicleta, desceu como um raio pela ladeira, aproveitou o impulso e “voou” pela rua deserta. Era uma casa de esquina, e, pasmem vocês, era a casa da Dona Zulmira. O mestre sabia que ele não conseguiria combater o incêndio, pois não havia mangueiras, nem água suficiente, nem nada. Raciocinou, porém, que, embora fosse improvável, poderia haver alguém lá dentro. Deu um pontapé na porta e entrou correndo, gritando. Foi aí que ouviu o choro de um garoto. Era o  Mindinho, neto da Dona Zulmira, de oito anos. Não tinha se sentido bem, a avó o havia deixado em casa, na cama. Carlos pegou o menino nos braços e correu para fora. Foi até o vizinho, abriu a torneira do jardim e umedeceu o corpo do garoto, Ele estava com algumas pequenas queimaduras, mas estava salvo. Ficou com o garoto no colo, olhando para o fogo que punha um vermelho sinistro nas faces dos dois. Dali a pouco escutou carros buzinando. Vários. Começaram a estacionar. Várias pessoas correram em direção à casa. Mas daí todos paravam, duas paredes já tinham caído e o telhado pendia quase até chão na direção delas. Era uma  fogueira só. Foi aí que ele ouviu os gritos desesperados da Dona Zulmira. Ela havia acabado de chegar e estava enlouquecida, gritando com todos os pulmões:
Meu netinho, meu netinho! Alguém socorre meu Mindinho!
Alguém veio junto a ela e segurou-a pelo braço. Era óbvio, nada podia ser feito.
Enquanto isso, o professor ateu foi andando apressadamente, no meio das pessoas, em direção a ela. Bateu em seu ombro, dizendo:
 -Dona Zulmira, seu neto está aqui. Ele está bem, só tem umas queimadurinhas.
O alívio que aquela mulher sentiu não está em lugar nenhum da Bíblia e em nenhum outro livro qualquer. Com o neto em seus braços, olhou então para o rosto vermelho – pelo reflexo do fogo – do professor. Em circunstâncias normais, seria um sinistro rosto do diabo, ardendo com o fogo do inferno. Mas o que ela viu, foi outra coisa. Um anjo, bonito, cheio de luz, uma luz branca que alumiava toda a cidade. Foi o único anjo de verdade que ela viu em toda a sua vida. E daí ela entendeu por que o professor não tinha religião. Ele não precisava, ele tinha vindo direto do céu. Tinha vindo para salvar o seu netinho.


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Monday, June 19, 2017

O grande show


O grande show

Perpétuas estrelas e cometas dançando vertiginosamente na infinita coreografia do céu. Infindáveis energias cósmicas que se renovam, interagem e se multiplicam. Fantástica harmonia coordenando a brutal força interestelar com o ruflar insensível e silencioso da borboleta. Uma sabedoria imensurável que não precisa se expressar, pois já é a própria expressão. Irreverente ameaça à nossa lógica rudimentar, manifestação da absoluta inteligência. Beleza irracional, inexplicável, absurda, incomparável.

E nós, aqui, observando. Impotentes, insignificantes, irrisórios, ínfimos. Esperando os segundos, os minutos, as horas e os dias passarem. Torcendo para que esses se transformem em meses, em longos anos, antes de nossa hora chegar. Aí, então, nosso ingresso para o tremendo espetáculo vai expirar. Só para nós, pois o show universal vai continuar...

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Thursday, June 15, 2017

Você está fazendo alguma arte?


Você está fazendo alguma arte?

Quando eu era garoto e sumia por algum tempo, minha mãe me chamava perguntando se eu estava fazendo alguma “arte”. Fiquei com aquilo na cabeça. O que será exatamente que ela queria dizer? Claro que ela  queria saber se eu estava fazendo algo errado, alguma travessura. Fui crescendo e, felizmente, amadurecendo. Junto, o conceito de “arte”  também foi. O que eu fazia, escrevia, via... seria arte? Durante muito tempo não conseguia entender porque ela - e todas as outras – usavam esta palavra para as coisas que eu não deveria fazer. Finalmente, quando comecei a escrever  mais regularmente e a pergunta “será arte?” passou a ser frequente, entendi o significado escondido na expressão. Ousar. Obviamente éramos pequenos e nossos pais certamente não queriam que “ousássemos”, que fizéssemos “arte”. Adultos, conscientes, agora podemos “ousar” em nossas criações,  em nossos escritos. Sim, é isso, fazer arte é “ousar” com as cores, com os sons, com as palavras...

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