Um
eterno buscar
Estacionei
nas águas puras e calmas do meu espírito para procurar a paz. Olhei para a
distância e havia luz difusa, tons brancos e azuis, de uma suavidade sem fim.
Aquilo era uma espécie de paraíso. O meu paraíso. E ali, um bom tempo fiquei. E
minha alma, então, encheu-se de harmonia e serenidade. Era tanta, que meu ser
se preocupou. Era normal aquilo? Podia ser verdade tanta graça? Diante disso,
de novo, me aventurei. Procurei, voando para cima, o movimento, a ação, algo
que me inspirasse mais vida, mais emoção. E assim fiz. Flutuando sobre
montanhas, rios calmos e outros revoltos, lancei-me ao mundo. Conheci oceanos tempestuosos
e nuvens que soltavam raios. Senti a força da emoção, do agitar, do acontecer.
E tal situação também era boa. Precisava igualmente dela. Até que, novamente,
descobri que precisava da tranquilidade. Voltei para o interior de mim mesmo. e
por ali fiquei algum tempo. Foi então que fiquei sabendo de tudo. Precisava da solidão para entender o burburinho
e, deste, para apreciar a primeira.
E
isso, entendi, era a vida. Esse eterno equilíbrio. Um eterno flutuar entre o
céu e o inferno, um eterno buscar.
ooooOOOoooo
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