Escolha bem seu herói
Todos nós temos heróis, ídolos. Quem é da minha idade, certamente tem os Beatles como tais, tenho certeza. E entre eles, um que se destaca, John Lennon. Não é só o que ele escreveu e cantou, é todo um conjunto, todo o clima de uma época e, confesso, bastante publicidade. Tenho certeza de que há talentos maravilhosos que nunca ficamos conhecendo e nunca vão ser nossos heróis.
A gente cresce, amadurece, fica velho. Os ídolos antigos ficam, é claro, novos aparecem, mas alguns sempre são os preferidos. Comigo, porém, aconteceu algo diferente. Um dos meus heróis, um dia caiu. Vi um documentário sobre a vida do John Lennon. Uma vida admirável, sem dúvida. Algumas partes, entretanto, me chocaram. Quando o filho de seu primeiro casamento apareceu de volta em sua vida, ele o ignorou. Mais tarde foi necessário um processo na justiça para ele poder ter um pouco da fortuna do pai. John tinha deixado apenas 100.000 euros (para ser dividido com m outro irmão). Julian mais tarde conseguiu 20 milhões através de seu advogado. Ele tinha muita mágoa do pai e chegou a chamá-lo de hipócrita numa entrevista. Como alguém com tantas ideias maravilhosas, tantos ideais inspiradores, pode, simplesmente, ignorar um filho? Eu me m lembrei do Pelé, numa situação semelhante.
Ele caiu do pedestal imediatamente. As canções têm vida própria. Continuo gostando delas, quero ouvi-las sempre.
A lição é simples. Agora tomo mais cuidado em escolhê-los. Ídolos políticos? Nem pensar...
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