Destino
Cruel
A garotinha morava no final da rua. No outro final, morava o
garotinho. Eles eram muito pequenos mas já sabiam o que era gostar. Ela olhava
para ele, sem ele saber, e se enchia de amor. O coraçãozinho batendo forte,
quase descompassado. Ele, também tinha sobressaltos quando a via. Um não sabia
do amor do outro. Foram crescendo, nunca se falaram, nunca tiveram chance.
Quando jovens, cada um foi para seu lado, para cidades distantes, cuidar da
vida. Nunca se esqueceram dos olhares, daquela coisa gostosa no peito. Ambos se
casaram com outras pessoas. Depois de algum tempo ele teve uma briga feia com a
mulher e houve o divórcio. Pouco tempo depois ela também se divorciou pois o
marido era um cafajeste. Ambos continuaram se lembrando da infância e sentiram
saudades do amor infantil. Nunca mais se casaram com ninguém, nunca mais se
viram, mas ficavam pensando um no outro, até ficarem velhinhos, até a hora da
morte.
O destino às vezes é cruel, não é mesmo?
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