A cidade é muito grande, há muitos pecados. Há pecados grandes e há pecados pequenos. Pecados há que se esquecem de pronto e outros que nunca, jamais, vão ser esquecidos. Há pecados novos e outros que que se pecam há muito tempo. Há o pecado original e os derivados. Há pecados de todos os tipos, pecado é o que não falta. Peca-se o tempo todo, com toda força, a todo vapor. Há pecados seculares, católicos, protestantes, e pecados de outros cultos também. Pecados de ateus, que nem sabem que pecar é pecar.
Peca-se muito na cidade. Só as crianças não pecam, porque não sabem pecar.
Os pecados vão sumindo com o tempo. Quase todos. Muitos esquecem-se deles e outros são esquecidos.
Só os pecados contra as crianças não são esquecidos. Não se pode esquecer.
“...melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar...”
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