Vida via Internet...
Não faz tanto tempo assim, assisti a um filme de ficção que era muito ruim. Acho que tinha visto tantos que não havia muita opção sobrando. Fiz questão até de esquecer o nome, tão desqualificado era o enredo. Era uma história de enviar um vírus por computador para outras pessoas. Mas era vírus mesmo, causava doença biológica nos indivíduos. No entanto, um livro recente do autor Craig Venter - o pioneiro do mapeamento do genoma humano – me fez lembrar dele.
Como todos sabem, o nome de Venter está totalmente ligado ao conceito de vida artificial, vida sintética. Ele lançou há pouco um livro chamado “Life at the Speed of Light: From the Double Helix to the Dawn of Digital Life", ou seja, “Vida na velocidade da luz: da...”. Basicamente ele afirma que toda a informação, os dados, de um ser vivo, podem ser convertidos em informação digital. Teoricamente, o conjunto completo necessário para replicar um vírus poderia também ser enviado via Internet de um lugar para outro e depois ser novamente “recriado” no ponto de chegada. Seria uma espécie de teletransporte de “vida”. Mas não pensem que ele fala disso como uma coisa distante, ele fala disso como uma coisa atual, que está começando a acontecer, pelo menos em seus primeiros passos.
E eu que pensei que o filme era idiota. Imagine só, transmitir vida através da Internet! Como diz meu amigo Nino Belvicino, a ficção sempre tentando passar a perna na realidade...
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