AVENIDA
PAULISTA
Paulista
paulistana,
arranha
meu céu,
arranha
minha alma,
vaidosa,
desumana.
Dos
grandes um troféu,
dos
pobres um anseio,
que
na vaga massa,
se
perde leviano.
Tão
alta, tão distante,
tão
doce, tão cortante,
tão
plebeia, tão divina,
me
assusta, me alucina,
tal
qual uma amante.
Nas
tuas belas calçadas,
meu
passo solitário
é
o passo de todos,
é
o passo do exílio,
em
rico santuário.
Sou
teu humilde escravo,
que
no pobre coração,
em
duros, doces versos
teu
coração tem impresso.
És
do rijo paulistano,
o
amor certo e confesso,
e
um incrível universo.
ooo000ooo
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