Teia
de aranha
De repente olhei e lá
estava ela. Uma enorme teia de aranha. Ela se estendia da parede da casa até o
arbusto próximo. O primeiro impulso foi me levantar da cadeira, na varanda, ir
até lá, e com uma vassoura, destruir aquela coisa desagradável. Um pouco de
preguiça me reteve ali, e por causa disso, a teia se salvou.
Comecei a analisar
aquela obra de arte. A aranha, pequenina, estava quietinha lá no centro. Não sabia
dizer se ela era venenosa, mas com certeza, laboriosa ela era. Do meio para as
bordas, centenas de retângulos perfeitos, num crescendo... Uma perfeição de
computador. O sol batendo naqueles fios...Era como se eles fossem feitos de
ouro.
Tanto trabalho, tanta
dedicação, e eu quase destruí tudo. Como aquela minúscula cabecinha, naquele
minúsculo corpinho , tinha em seu DNA, toda aquela informação? Eu, com todo meu
cabeção, nem fórmula matemática sei
resolver...
Da minha parte e, por
enquanto, você está salva, prezada aracnídea. Amanhã e depois, se eu não estiver por aqui, eu não
sei não... É bom você se cuidar, o destino às vezes é cruel e o perigo está
sempre à espreita.
Vocês, insetos, também
tomem cuidado. Aquela rede linda, bem trançada, com perfeição sem igual, não é um lugar para se brincar!. Não caiam
lá: é onde a aranha faz seu prato para o jantar!
Essa vida da gente
(crônicas e contos sobre o cotidiano)
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