Um mundo de bolhas
Vivemos num mundo de bolhas.
Existem bolhas de alienados, de gente de esquerda, de gente de direita, de
radicais, de extremistas religiosos, enfim, um monte de bolhas.
Obviamente entre elas não há
comunicação. Uma ataca a outra, menos a dos alienados. Existe também uma
gigante, enorme, deformada por causa do próprio peso, que está lá embaixo e
nunca vai se levantar por causa de seu tamanho. É a a bolha doa pobres, oprimidos
e abandonados. Acima de todas, estão duas bolhas pequenas, mas douradas, cheias
de glamour: são as bolhas dos poderosos e a dos ricos. Elas estão sempre em
contato e têm livre passagem de uma para a outra. Elas não se preocupam muito
com as outras, somente quando alguma está crescendo muito, principalmente
aquela do pessoal de esquerda.
A grande bolha dos abandonados não
tem força para subir, a não ser que seja impulsionada por uma outra bolha
poderosa. No entanto, ela nunca vai saber por que está subindo, se estiver
subindo. No fim, ela sempre vai de novo ao chão, onde é seu lugar, e se
esparrama.
Tenho muita pena da Grande Bolha,
mas também não sei o que fazer por ela. Talvez eu até esteja lá também e nem
esteja sabendo...
À procura de Lucas
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