Solução
provisória
Preciso relaxar. Deixar
que os problemas pareçam menores, para que eu possa resolvê-los. Sento-me,
então, junto à piscina. Olho o azul do céu, o azul das águas. Eles são maiores
que tudo, podem colorir o cinza de meus dias, podem me ajudar.
Fecho os olhos e sonho.
Com minha vida reformada, sem enredos tristes, sem problemas. Ela vai, como um
barquinho, navegando pelas ondas suaves do mar. É assim que eu quero, é assim
que eu preciso que sejam as coisas.
Não quero abrir os
olhos, não quero acordar. Este sonho infantil, quero perpetuar.
Mas sono e sonho estão
sempre terminando. Às vezes não têm
começo, às vezes não tem o meio. Fim, com certeza, sempre têm. Acordo e olho a
paisagem à minha volta. As imagens ainda estão difusas e dispersas, mas já sei
que este é o mundo real. Apesar do azul do céu e do mar, os problemas estão
todos aqui e eu preciso enfrentá-los.
Noto, porém, uma latinha
de cerveja gelada, logo à minha frente. Ela serve para abater minha sede, para suavizar
meus pensamentos. Com certeza, vou bebê-la.
Não é uma solução
definitiva, mas, definitivamente, é uma solução um pouco mais do que provisória.
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