Entre pontos e vírgulas
A gente nasce, não sabe o que vai ser. Já começamos com um grande ponto de interrogação. Conforme vamos crescendo, vêm as fases da vida, com pontos que as separam e vírgulas que as entremeiam. A gente se apaixona e vem um grande ponto de exclamação.Que bom! Passa um tempo, não era bem aquilo, aparecem três terríveis pontos, reticentes, e finalmente tudo acaba em desilusão. Ponto, de novo. Divórcio. Devagar, o susto vai passando, outro relacionamento cheio de vírgulas e interrogações, e, no final, mais um casamento. Ponto, mais uma vez. Tomara que dê certo, mas ainda há mais um ponto de interrogação. O amor é uma coisa complexa, cheia de perguntas e respostas em vão. Outras preocupações vêm chegando. Pontos de interrogação e pontos de exclamação, separados por vírgulas e, às vezes, três pontos, que é para pura reflexão. Um dia, porém, não tem mais jeito. Chega o ponto final, que nada mais é do que um suspiro. Não adianta interrogar, nem exclamar. Depois deste ponto, ainda vem um último. Como vair ser depois da morte? Aí, então, aparece um enorme, colossal, e perplexo ponto de interrogação! Até hoje ninguém voltou, depois desse ponto, para pôr um ponto final nessa parte da discussão. Agora, outro ponto. Dessa vez, sossegue, é apenas o ponto final dessa dissertação.
<o><o><o><o><o><o><o><o><o><o><o>
=============
À procura de Lucas
No comments:
Post a Comment