Suzana
de Campos: anos dourados
Vi
a foto na página “Amigos de Perus” do Facebook e imediatamente me lembrei do ano de 1955. Era meu primeiro dia de escola
no “Suzana de Campos”. Novos amigos, um monte de novidade. O material
escolar, novinho, tinha um cheiro melhor do que perfume. Régua, lápis
coloridos, estojo, até compasso eu tinha. As carteiras de madeira ainda tinham aquele buraco para se colocar o
tinteiro.
Lá
na frente, a professora Lígia. Alta, magra, morena clara. Talvez o tempo esteja
me ludibriando e as características físicas não sejam exatamente essas, mas não
importa. Depois de minha mãe, ela era a pessoa mais importante da época. Lá na
frente, ela era uma espécie de fada, de rainha.
Do
outro lado da rua, o bazar cheio de coisas interessantes. Havia também a
sorveteria. E aquele foi um dos anos mais bonitos, mais interessantes de minha
vida. Parece que o ano inteiro passou em apenas uma semana. No final, glória
total. Primeiro lugar, com a nota 88, junto com o Osvaldinho. Ganhamos um
exemplar, capa dura, do “Patinho Feio”. Foi o maior orgulho, o meu peito ficou
todo estufado.
Quem
falou que ir para a escola não é gostoso? Para mim era a hora mais interessante
do dia. Pena que não se fazem mais escolas como antigamente. Não se fazem mais
anos como antigamente. Muita coisa não se faz mais como antigamente.
Eu
não sabia que o mundo lá fora e o mundo do futuro também, não eram tão
perfeitos assim. Não faz mal. Imitando o que disse o poeta, “foi infinito enquanto
durou”.
ooooooOOO0OOOooooo
Essa vida da gente
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