Marina Guimarães, a bailarina cega
Eu vejo você e você não me vê. Você me encanta
com seus encantos de bailarina. Suaves braços desenhando traços no ar. Suaves
pés sustentando um corpo que, com graça, levita no palco. Um impossível bailado
enche meus olhos incrédulos. É a impossível, improvável, dança mágica de uma
alma especial. Tão especial que desafia a ordem do espaço, a ordem da lógica,
com uma vontade quase insensata.
Marina, você é inspiração, e dá sentido para a vida.
Marina Guimarães, cega desde que nasceu, é a
inusitada vitória da vontade sobre a razão.
Junto com outros bailarinos e bailarinas, forma o
grupo Companhia de Ballet para Cegos. Obrigado, por nos mostrarem que a vida é
muito mais do que aquilo que, nós, os verdadeiros cegos, conseguimos ver.
O grupo já se apresentou em várias cidades
brasileiras e em outros países, como Argentina, Estados Unidos e Inglaterra. Na
Paralimpíada de Londres, em 2012, quatro meninas dividiram palco com bailarinos
do mundo todo. Entre elas estava Marina Guimarães, que é cega desde que nasceu.
“Nunca imaginei que iria para uma Paralimpíada como bailarina. Foi sensacional.
Fomos tratadas como artistas”, relembrou.
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Essa vida da gente
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