Nós, o centro de tudo
Como é difícil para nós, seres humanos, admitirmos que não somos o centro de tudo. Há muitos séculos atrás, Nicolau Copérnico provou categoricamente que a nossa linda Terra, por mais exuberante que fosse, não era o centro do Universo. Galileu, mais tarde, aperfeiçou sua teoria e foi perseguido pela Igreja por causa de suas convicções.
Em termos pessoais, estamos sempre fazendo o mesmo. As coisas que se referem a nossos amigos, a nossa comunidade, tudo, lá no fundo, achamos que gira ao nosso redor. Talvez tenhamos sido constituídos assim, em nosso DNA. Uma espécie de proteção, algum mecanismo de sobrevivência ou algo semelhante.
Alguns levam essa mania ao extremo. Acham dentro de si, bem lá no fundo, que realmente são o centro de tudo. Vemos esse tipo a todo momento na mídia, na sociedade, por todo lugar. Coitados deles, coitados de nós.
Por outro lado, é mesmo difícil, na prática, se livrar completamente da ideia. Muitas vezes, à tarde, quando o sol se põe, tento pensar como as coisas realmente são: A Terra é que está girando em volta de si mesma e ao redor do Sol e por isso ele está desaparecendo no horizonte. É quase impossível sentir o contrário, que ele é o centro. O que a gente realmente sente é que a nossa querida estrela, obediente, está girando à nossa volta. Some à noite, aparece de manhã, como se estivesse com saudades, como se tivesse sentido nossa falta, dependendo de nós.
Pobres humanos, que não sabemos quem somos. O próprio sol, com toda sua turma de planetas, também gira em volta de alguma coisa, depende de outros corpos celestes, muito maiores, para se equilibrar no Universo. Ele, porém não tem essa nossa vaidade, apesar de toda luz que tem. Nós, nem a nossa própria luz temos, emprestamos a dele para podermos existir...
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