As
últimas palavras
“Sim, eu gostaria de falar para minha esposa que eu a amo
e lhe agradeço por todos os anos de felicidade. Isso é tudo, guarda.”
Alguns minutos depois, John Quintanilla era executado
através dos sistema penal do Texas. Era o dia 16 de julho de 2013. No dia 24 de
novembro de 2002, quando tinha 25 anos, tentou roubar um centro de diversões em
Victoria, Texas. Houve reação e na luta ele matou um homem e feriu uma mulher.
Quando lhe foi dado direito à palavra, as últimas, antes da morte, ele falou as
frases ali acima.
Há tantas coisas que podem ser ditas mas elas não cabem
aqui. Certamente, o primeiro pensamento vai até a família da vítima de
Quintanilha. Possivelmente uma esposa desolada ficou para trás. Filhos sem pai,
talvez. De qualquer forma, sempre há uma tristeza enorme quando alguém vai
embora, principalmente quando acontece de uma maneira violenta. Não foi um
crime premeditado e frio, mas isso não muda nada, pessoas ficaram sofrendo do
mesmo jeito, suas vidas completamente danificadas.
Quanto ao condenado, o que aconteceu durante a vida
daquele jovem que fez com que ele cometesse aquele crime? Estava determinado,
era seu destino? Foi sua educação,o meio em que viveu? Faz parte do seu
desenvolvimento? Um efeito colateral? Não dá para aceitar a ideia de que isso é
normal nas sociedades modernas. Existem vários países em que o índice de
criminalidade é quase zero. Existem sociedades em que quase não existem armas.
Há outras em que se criam monstros. Há países que liberam armas para esses
monstros. Há outros que fazem de conta que controlam as armas, mas elas estão
em todo lugar.
O fato é que se o Quintanilla falou o que falou, na hora
de morrer, havia algo dentro dele que ainda servisse. Havia um resto de
sentimento, possivelmente arrependimento. Talvez nem a vítima precisasse ter
morrido, nem o assassino precisasse ter sido executado. Talvez ele sequer
tivesse cometido o crime.
Cada vez que um prisioneiro está sendo executado, a
própria sociedade está sendo julgada como um todo. Cada vez que uma vítima é
assassinada, ela está sendo assassinada também.
Há os que já nascem loucos, no entanto. Não deveriam ter
nascido. Quem sabe, no futuro, os mágicos da
Genética consigam consertá-los também. Daí, sim, teremos uma sociedade
do Primeiro Mundo.
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Name
|
Quintanilla Jr., John Manuel
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TDCJ Number
|
999491
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Date of Birth
|
12/09/1976
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Date Received
|
12/08/2004
|
|
Age (when Received)
|
28
|
|
Education
Level (Highest Grade Completed)
|
08
|
|
Date of Offense
|
11/24/2002
|
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Age (at the
time of Offense)
|
25
|
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County
|
Victoria
|
|
Race
|
Hispanic
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|
Gender
|
Male
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Hair Color
|
Black
|
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Height
|
5' 08"
|
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Weight
|
153
|
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Eye Color
|
Brown
|
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Native County
|
Calhoun
|
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Native State
|
Texas
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