Wednesday, November 27, 2013

As últimas palavras

As últimas palavras



“Sim, eu gostaria de falar para minha esposa que eu a amo e lhe agradeço por todos os anos de felicidade. Isso é tudo, guarda.”
Alguns minutos depois, John Quintanilla era executado através dos sistema penal do Texas. Era o dia 16 de julho de 2013. No dia 24 de novembro de 2002, quando tinha 25 anos, tentou roubar um centro de diversões em Victoria, Texas. Houve reação e na luta ele matou um homem e feriu uma mulher. Quando lhe foi dado direito à palavra, as últimas, antes da morte, ele falou as frases ali acima.
Há tantas coisas que podem ser ditas mas elas não cabem aqui. Certamente, o primeiro pensamento vai até a família da vítima de Quintanilha. Possivelmente uma esposa desolada ficou para trás. Filhos sem pai, talvez. De qualquer forma, sempre há uma tristeza enorme quando alguém vai embora, principalmente quando acontece de uma maneira violenta. Não foi um crime premeditado e frio, mas isso não muda nada, pessoas ficaram sofrendo do mesmo jeito, suas vidas completamente danificadas.
Quanto ao condenado, o que aconteceu durante a vida daquele jovem que fez com que ele cometesse aquele crime? Estava determinado, era seu destino? Foi sua educação,o meio em que viveu? Faz parte do seu desenvolvimento? Um efeito colateral? Não dá para aceitar a ideia de que isso é normal nas sociedades modernas. Existem vários países em que o índice de criminalidade é quase zero. Existem sociedades em que quase não existem armas. Há outras em que se criam monstros. Há países que liberam armas para esses monstros. Há outros que fazem de conta que controlam as armas, mas elas estão em todo lugar.
O fato é que se o Quintanilla falou o que falou, na hora de morrer, havia algo dentro dele que ainda servisse. Havia um resto de sentimento, possivelmente arrependimento. Talvez nem a vítima precisasse ter morrido, nem o assassino precisasse ter sido executado. Talvez ele sequer tivesse cometido o crime.
Cada vez que um prisioneiro está sendo executado, a própria sociedade está sendo julgada como um todo. Cada vez que uma vítima é assassinada, ela está sendo assassinada também.
Há os que já nascem loucos, no entanto. Não deveriam ter nascido. Quem sabe, no futuro, os mágicos da  Genética consigam consertá-los também. Daí, sim, teremos uma sociedade do Primeiro Mundo.
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Name
Quintanilla Jr., John Manuel

TDCJ Number
999491

Date of Birth
12/09/1976

Date Received
12/08/2004

Age (when Received)
28

Education Level (Highest Grade Completed)
08

Date of Offense
11/24/2002


Age (at the time of Offense)
25

County
Victoria

Race
Hispanic

Gender
Male

Hair Color
Black

Height
5' 08"

Weight
153

Eye Color
Brown

Native County
Calhoun

Native State
Texas



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