Moro
num país tropical
Faceira, bonita, a
moça americana quer conhecer um clima tropical. Confere na internet e decide:
Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil.
Decidida, apronta as malas e lá vai. Chega, se instala e vai à praia.
Pode haver coisa mais linda, mais maravilhosa, do que o Rio, Cidade Marvilhosa?
É tudo cheio de graça, as moças vêm e passam a caminho do mar. É tropical, é
bonita, abençoada por Deus. E ainda nem é carnaval. Nancy Tugan está encantada,
extasiada, cheia de amor pela praia e pela gente. Passa dez dias e volta, cheia
de planos. Canta e conta sobre a linda terra. Leblon, Copacabana, também quer
visitar. Quer voltar. Você nem imagina como é bonito ouvir a moça pronunciar “Copacabana”....
Volta, cheia de graça.
De novo Ipanema, quem sabe a garota pode ainda passar? Dessa vez tem também,
Leblon e Copacabana. É demais. Praia cheia, cheia de gente bonita. Pode ser
melhor?
De repente, um burburinho, uma onda vem vindo.
Aumenta, é só gente correndo. É o arrastão. A moça corre assustada, vai para o
hotel. Antecipa a passagem de volta. Suspira, aliviada, nos braços do Tio Sam.
Agora quando lhe
perguntam sobre a última viagem, só murmura, apavorada:
-Arrastaun, arrastaun...
Coitada da moça, nunca
mais vai voltar. A Nancy nunca mais vai ver a garota do corpo dourado, do sol
de Ipanema, passar, num doce balanço a caminho do mar. Nunca mais vai ver a
nega Tereza balançar o corpo, não vai ver o Flamengo e nem o carnaval... Nunca
mais. Nem o Simonal. Pois é, pois é, essa é a razão da simpatia, do poder, do
algo mais e da alegria... é carnaval...
oOOOOOo
À procura de Lucas
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