Há
um exército medonho
Há um exercito que é
medonho, que é enorme, e é assustador. Marcha pesado com as botas contra o
chão, como um trovão. Os soldados quase não têm face, parecem fantasmas sem
expressão. Assustam porque parecem almas penadas, sem salvação. Causam pena com
seus olhos perdidos, vazios, sem direção. São querreiros que vieram das duas
grandes guerras, da guerra da Coréia, do Vietnã, do Iraque e do Afeganistão.
Não têm mais nome, não têm mais perdão.
É o exército que sai
de um túnel, marchando, é um exército de espíritos que perderam a paz.
Um exército horrendo,
zumbi. É formado de soldados que não sabem que morreram, que insistem em viver
para lutar e morrer de novo.
É o espelho da alma
daqueles que ainda acreditam em guerras.
Como no filme de
Kurosawa, o pelotão sai do túnel, marchando. Uniformes, sem sentido, as botas socam
o chão. Não fazem sentido, os rostos não têm expressão.
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