TRANSPARÊNCIA
Qual não foi a minha surpresa
quando li aquela notícia sobre o Ministério da Transparência. Nem li direito,
pois só o fato de haver um Ministério para tal conceito já me deixou preocupado.
A tal da transparência deveria ser uma coisa tão óbvia e lógica na Política e
nas tarefas públicas, que nem mencionada precisaria ser. Todos sabem que existe
a corrupção, que ela é um fato consumado. Nem por isso iríamos criar um Ministério
da Corrupção. Pensando bem, até que seria útil, pois do jeito que está, ninguém
sabe mais nada. São tantos valores e tantas pessoas envolvidas que poderíamos
catalogar todos os casos, classificá-los, fazer listas, etc. Já pensou? Quem
sabe até cobrar impostos sobre os valores? Acho que agora já estou viajando.
Depois me acalmei um pouco por um fato
bem simples. O nome completo é Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.
Quase começava a fazer sentido, embora lógica mesmo, não havia nenhuma.
Daí li a notícia completa e entendi
por que eu antes não tinha visto notícias sobre um Ministério tão estranho. Agora
era diferente. Alguém gravou uma conversa onde um tal de Silveira (o próprio, o
Ministro) era citado sobre coisas não muito transparentes. Não sei se o nome
disso é paradoxo ou ironia.
Era bem melhor quando a tal
entidade era chamada de Corregedoria Geral da União, bem pouco conhecida pelo
povo. Essa história de ficar mudando de nome dá nisso.
Podemos dormir tranquilos agora.
Não há nada a temer (juro que não foi trocadilho). O tal do Torquato, novo
Ministro, vai colocar tudo às claras – ou devo dizer, deixar tudo bem transparente?
E mais tarde, quem sabe, teremos flores coloridas no jardim do Torquato.
Nada de transparência, isso só dá confusão.
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À procura de Lucas
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