Sutil e perigoso acerto de contas:
uma história que só pode ser lida por maiores de não sei quantos anos
Ele
fez as contas e só aí se deu conta de que a amante tinha contas demais. Ficou
por conta e deduziu que seria difícil pagá-las. Tirou um extrato da conta e
levou para ela ver. “Olha aí as contas,
sem conta, que você fez!” Ela fez de conta que aquelas contas, embora fossem
por demais da conta, não eram contas das quais ela poderia tomar conta. “Tenho
minhas próprias contas para pagar”, disse
ela com um muxoxo, que o deixou por conta. E ele perguntou se ela não
podia balançar melhor as contas antes de gastar. “Claro”, ela disse. Ela,
porém, precisava de sapatos novos, e perguntou se, por enquanto, podiam fazer
uma conta de chegar. Ele ficou furioso e foi se deitar.
Mais,
tarde, com calma, ela foi chegando. Bem baixinho, contou para ele um conto,
daqueles que não dá para se contar. Só sei que ele parou, por algum tempo, de
fazer contas. Por conta de outros contos que ela iria contar, fez um balanço
das contas todas e ficou assim. Arredondou as contas e pediu para o contador
acertar, pois é isso que ele faz. Afinal de contas, existe gente que não
dispensa uma mulher que, embora não saiba fazer contas, dá conta de recados
tais, dos quais nem posso falar.
Deixa
esse recado chegar até a mulher do fulano. Aí, sim, ele vai ter muita história
para contar... Quanto a esse acerto de contas, nem quero pensar!
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