Ligações não tão perigosas
Rosângela era casada com Ron, que era Americano, e portanto tinha seus documentos em ordem, estava legal no país, o que é, sem querer fazer trocadilho, muito “legal”. Do outro lado da rua morava Juanita, uma dominicana que era casada com Carlos, um cubano. Você sabe que para os cubanos é muito fácil arrumar os papeis de imigração e foi por isso que Juanita também estava legal no país através do casamento. Juanita, logo que chegara aqui tinha ficado amiga de Dolores, que havia apresentado Carlos para ela.
Dolores também tinha os documentos em ordem pois havia se casado com Pete, um americano que era filho de uma mexicana com um americano e portanto cidadão americano, o que tinha feito dela também uma cidadã, por matrimônio. Embora Pete tivesse nascido aqui, ele tinha muitos amigos mexicanos, legais ou não, uma vez que sua mãe, como eu disse, era mexicana de origem. Assim sendo, Pete era amigo de Lorenzo, Esteban, Cristiano, Ramiro, Consuelo, Carmen. Esta última, Carmen, também era casada com um americano há muito tempo. Nunca tinha precisado trabalhar e de repente, precisou. Foi aí então que descobriu, a duras penas, que mesmo sendo casado com um americano, a cidadania não era automática, era preciso pedir oficialmente. Estava acertando os papéis, mas enquanto isso precisou pegar um serviço “por fora”, daqueles que não exigem “papeles”, ou seja documentos que provem que você está no país legalmente.
Foi nesse emprego provisório que ela encontrou Margarida que se tornou uma grande amiga. Margarida é brasileira e você já deve ter percebido, não tem documentos, pois se não fosse assim não estaria trabalhando nessa empresa que não pede documentos. Vejam só que coincidência, Margarida acabou ficando amiga da Rosângela, aquela do começo da história que também é brasileira, mas que tem documentos, e portanto é legal. Não que Margarida não o seja, muito pelo contrário, é muito “legal”, só não o é em termos de leis de imigração americana. E mesmo em termos de lei ela é legal do ponto de vista do Brasil. Os mexicanos também são todos legais do ponto de vista do México. Você já percebeu que “legalidade” é uma questão de ponto de vista. Mesmo ser “legal” no outro sentido é relativo. Existem pessoas que acham você "legal" e outros não. Quero dizer, aqui nos Estados Unidos, você pode ser “cool” ou não. Depende do ponto de vista do outro que convive com você. Por falar nisso, aqui nos EUA, não dá para brincar com a palavra “legal”, como estou fazendo em Português, porque o significado dela é só “estar dentro da lei” não tem nada a ver com “legal” no sentido de “bacana”. Por isso que eles têm a palavra “cool”. Ser “cool”não é necessariamente ser legal por aqui, por isso muito cuidado...Voltando à Rosângela, ela ficou amiga da Margarida na igreja. Isso mesmo, elas frequentam a mesma. Consequentemente têm o mesmo pastor, o pastor Antônio, que por sinal é legal, nos dois sentidos. Tem “green card”, conseguido através de sua igreja, graças a Deus! Um dia Margarida também vai conseguir um “green card”, amém!
Dolores também tinha os documentos em ordem pois havia se casado com Pete, um americano que era filho de uma mexicana com um americano e portanto cidadão americano, o que tinha feito dela também uma cidadã, por matrimônio. Embora Pete tivesse nascido aqui, ele tinha muitos amigos mexicanos, legais ou não, uma vez que sua mãe, como eu disse, era mexicana de origem. Assim sendo, Pete era amigo de Lorenzo, Esteban, Cristiano, Ramiro, Consuelo, Carmen. Esta última, Carmen, também era casada com um americano há muito tempo. Nunca tinha precisado trabalhar e de repente, precisou. Foi aí então que descobriu, a duras penas, que mesmo sendo casado com um americano, a cidadania não era automática, era preciso pedir oficialmente. Estava acertando os papéis, mas enquanto isso precisou pegar um serviço “por fora”, daqueles que não exigem “papeles”, ou seja documentos que provem que você está no país legalmente.
Foi nesse emprego provisório que ela encontrou Margarida que se tornou uma grande amiga. Margarida é brasileira e você já deve ter percebido, não tem documentos, pois se não fosse assim não estaria trabalhando nessa empresa que não pede documentos. Vejam só que coincidência, Margarida acabou ficando amiga da Rosângela, aquela do começo da história que também é brasileira, mas que tem documentos, e portanto é legal. Não que Margarida não o seja, muito pelo contrário, é muito “legal”, só não o é em termos de leis de imigração americana. E mesmo em termos de lei ela é legal do ponto de vista do Brasil. Os mexicanos também são todos legais do ponto de vista do México. Você já percebeu que “legalidade” é uma questão de ponto de vista. Mesmo ser “legal” no outro sentido é relativo. Existem pessoas que acham você "legal" e outros não. Quero dizer, aqui nos Estados Unidos, você pode ser “cool” ou não. Depende do ponto de vista do outro que convive com você. Por falar nisso, aqui nos EUA, não dá para brincar com a palavra “legal”, como estou fazendo em Português, porque o significado dela é só “estar dentro da lei” não tem nada a ver com “legal” no sentido de “bacana”. Por isso que eles têm a palavra “cool”. Ser “cool”não é necessariamente ser legal por aqui, por isso muito cuidado...Voltando à Rosângela, ela ficou amiga da Margarida na igreja. Isso mesmo, elas frequentam a mesma. Consequentemente têm o mesmo pastor, o pastor Antônio, que por sinal é legal, nos dois sentidos. Tem “green card”, conseguido através de sua igreja, graças a Deus! Um dia Margarida também vai conseguir um “green card”, amém!
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Essa vida da gente
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