Brooklinn Miller, Taliyah Best,Nely Noemi V.Dias, Vivian Trout, Abel Garcia, Drew Drees |
Crianças que desaparecem
Crianças desaparecidas: vejo o painel nas paredes do Walmart. Nomes e fotos de garotos e garotas de idades diversas, várias raças, todas as cores. Daniel, Emilia, Olivia, William, Esperanza, Ramon, Isar e Chloe...Sorrisos antigos que já não existem mais. Embaixo da foto, o dia em que a desgraça aconteceu, a projeção de como a Ava ou o Noah seriam hoje, numa tentativa do milagre: alguém reconhecendo o filho perdido e chamando com a boa notícia. Numa tarde distante, uma mão pequenina se desprendeu da mão da mãe por segundos e daí, o desespero, a procura. Um pai ou mãe zangada com o divórcio arrebatando o pequenino do parceiro, o quase adolescente sumindo na esquina para chamar a atenção...e o inimaginável, o monstro doente surrupiando o pobre inocente...
Quando e como começamos a perder nossas crianças? Foi na mesma época em que aprendemos a cruzar o espaço, pisar na lua, orbitar em planetas distantes? Foi quando aprendemos a explodir o átomo, a analisar as subpartículas quânticas? Sabemos contar as estrelas, sabemos a idade do universo, como ele se expande, e não vimos aquela criancinha se perder na esquina, no caminho da escola, ser roubada na calada da noite?
Sabemos fertilizar as mulheres que não podem ter filhos, podemos até clonar, implantar, colocar joelhos artificiais, fazer maravilhas médicas e não sabíamos onde estavam nossos filhos naquela manhã sinistra?
Temos satélites no espaço, temos drones que atingem o inimigo em terras distantes, sondas navegando pelo espaço sideral e não sabemos onde esconderam os pequenos? Cada rostinho daquele é maior do que o infinito, é mais importante que todas as guerras, é a prioridade das prioridades. O que aconteceu conosco que não sabemos mais cuidar desses preciosos seres?
Onde vocês estão, Isabella, David, Ethan, Sophia, Mia, Juvenal, Alonso, Rachid??? Como fomos perder vocês? Perdoe- nos, Emily, Jane, Jose e Maria, perdoem-nos…se for possível!
Sobre o assunto:
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À procura de Lucas (Flávio Cruz)
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Flávio, temos 3 coisas em comum: nossos sobrenomes (Cruz), o fato de sermos ambos escritores (tupiniquins, pelo menos eu!) e por fim termos a Laura Queiroz como amiga; aliás, foi ela que me ensinou seu ótimo blog e este seu artigo sobre crianças que se perdem, absolutamente sensacional - e terrivelmente verdadeiro. Finalizo deixando a você uma do Fernando Pessoa que eu adoro, e que tem tudo a ver com seu artigo acima: "Não há glória humana que valha que por ela se parta uma boneca de criança".
ReplyDeleteAbção
Cesar
em tempo: vou comprar nesta semana o seu livro no "Clube dos Autores"