Thursday, March 3, 2016

Desafiando a Lei das Probabilidades ou a teoria da vaca quântica


Desafiando a Lei das Probabilidades ou a teoria da vaca quântica


Dizem que a Estatística e a Probabilidade pertencem ao campo da ciência. Tudo calculadinho, existem até termos sofisticados, como “probabilidade aleatória”, “epistemológica” ou “Bayesiana”.  Coisa séria, com comprometimento definido e definitivo com a Matemática.
O começo desse século 21 está tentando, de todas as formas, provar o contrário. Estamos diante de um sério atentado contra essa relativamente nova ciência. Vamos por partes. Comecemos pelo Hemisfério Norte, onde, teoricamente, a estatística deveria funcionar melhor. Desculpem a falta de método científico na minha dissertação. Provavelmente essa história de Norte é um tremendo de um “chute”. Mas fatos são fatos e vamos  a eles.
O pai George Bush, presidente dos Estados Unidos, não foi dos mais brilhantes. Prova disso é que não foi reeleito. E não é que seu filho, do mesmo nome, conseguiu se eleger?  Pai e filho serem eleitos presidentes da mesma nação do mundo já é, por si só, um atentado à estatística. Haveria um atenuante se ele tivesse sido um “Kennedy”, o que seria certamente um grande apelo para repetição pai-filho. Outra atenuante contra essa quebra de probabilidade foi o fato de que a suprema Corte da Flórida deu uma “mãozinha” ou um “empurrãozinho” para que tal ocorresse. Não vá me dizer que você  pensou que era só no nosso país! Ainda assim não foi a coisa mais absurda do mundo. Houve no passado dois “Roosevelt” também. Claro, eles eram apenas parentes distantes. Pelo menos pelo que eu sei. Temos de dar um desconto, pois naquela época as leis da probabilidade não eram tão sérias assim. Mas vamos deixar de lado, por enquanto, a família Bush, não antes de comentar que o irmão do George Bush era governador da Flórida na época em que a Suprema Corte  deu a vitória a seu irmão. Obviamente isso foi uma mera coincidência.
Depois  aconteceu o maior atentado terrorista de todos os tempos em solo americano. A série de coisas improváveis que aconteceram naquele dia vão muito além do bom senso. Como eles conseguiram entrar nos aviões com todos os antecedentes que tinham? Como eles, com tão pouco treino, conseguiram acertar as duas torres? Tudo isso, com certo esforço, dá para explicar.
Tente, agora, calcular, antes de os fatos acontecerem, as probabilidades estatísticas dos eventos históricos que se sucederam. Diante do rancor que todos americanos tinham contra o autor intelectual dos atentados e sua religião, quais seriam as chances matemáticas de se eleger um presidente cujo sobrenome tinha apenas uma letra diferente do nome do terrorista?  Acrescente a isso o fato de que o nome do meio de Obama é Hussein, mesmo sobrenome do Sadam lá do Iraque. Seria mais fácil qualquer pessoa normal acertar na Loto com a aposta mínima do que isso acontecer. Nem vou falar do fato de que o presidente é da raça negra, num país onde o problema do racismo ainda é coisa séria. E ele foi o único e primeiro. Eu acho que o Thomas Bayes, aquele do teorema das probabilidades, deve ter dado uma mexidinha no túmulo. Não há estatística que aguente. Provavelmente, não.
E só para provocar o Bayes, o Obama foi reeleito. Voltando agora ao Bush II. Dizem por aí que o seu irmão, Jeb Bush, pode ser candidato a presidente nas próximas eleições. Isso, depois que o segundo Bush colocou o país e o mundo na pior crise da História Moderna, invadiu um país, o Iraque, baseado em informação falsa. Dois “Bush” colocaram o país numa fria e agora um terceiro Bush? Será? Pobre Bayes!
Não fique pensando que só os Americanos estão conspirando contra a Lei das Probabilidades. Nós, do Hemisfério Sul, temos uma importante contribuição. Não vou falar da Argentina porque vão dizer que é “marcação”. Primeiro vou fazer as perguntas, fica mais fácil para o raciocínio. Quais são as chances matemáticas de um avião comercial descer de barriga no meio do mato? Não são muitas, mas existem. Uma em algumas dezenas de milhares? E de dois pousos de barriga acontecerem no mesmo dia? Ficou complicado. Está muito perto do impossível. E de dois pousos de barriga acontecerem com dois aviões da mesma companhia, no mesmo dia?  Uma em um zilhão? Pois é aconteceu conosco, por falar nisso, no mesmo estado. Um em Viracopos, outro em Birigui. Ainda bem que só o avião de Birigui atropelou uma vaca. Ia ser muito estranho uma segunda vaca pastando no aeroporto de Viracopos e sendo atropelada, mas nunca se sabe. Porque, nesse caso, seriam dois aviões, da mesma companhia, no mesmo dia, aterrisando de barriga e os dois matando uma vaca no processo. A atenuante é que era uma sexta-feira e, segundo os entendidos, isso seria explicável. Estava esquecendo, foi no mês de agosto de 2002, e agosto, você sabe...


Eu sei que o Obama é mais importante. Mas, convenhamos, em termos estritamente matemáticos, nosso caso é muito mais forte... Só faltou uma vaquinha para batermos algum record fantástico. Definitivamente chegaríamos à conclusão de que estamos num outro mundo, paralelo, com diferentes leis de Estatística. Talvez até números diferentes. E a nossa hipotética vaquinha de Viracopos seria, nesse caso, uma vaca quântica. Que tal vacântica?  Claro, nem estou levando em conta a possibilidade de o terceiro Bush ser eleito. Nesse caso, o tal de Bayes ia morrer de novo, o que garanto, é estatisticamente impossível. E, claro, como sempre, os americanos iriam ganhar da gente.


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