É
paulista, é?
Meados
dos anos 90, lá estávamos eu e alguns amigos deliciando-nos com umas cervejas
numa praia de Maceió. Para ser mais exato, com “uma”cerveja. Tínhamos terminado a primeira e então
solitária garrafa do precioso líquido já há algum tempo. O obstinado garçom
passava toda hora bem perto da gente, fazia aquele gesto típico para esperar
mais um momentinho e... nada. Passou inúmeras vezes, levando garrafas de
cervejas e outras bebidas para todos, menos para nós.
A
paciência já estava no limite, parecia que era alguma coisa contra a gente,
embora devêssemos reconhecer que o bar da praia estava lotado. Depois que nossa
paciência já tinha feito a curva ao redor do extremo, ele ainda passou umas
cinco vezes sem a nossa esperada bebida.
Foi
então que um dos nossos, assim que teve uma oportunidade, segurou-o pelo braço,
fazendo com que ele quase derrubasse a bandeja com tudo.
-E
a nossa cerveja, você não vai trazer? Faz um tempão que estamos pedindo!
Ele
abriu bem os olhos e, surpreso, respondeu:
-É
paulista, é? Tá com pressa?
Diante
da honesta perplexidade mostrada pelo nosso interlocutor, só conseguimos rir.
Ele tinha razão, realmente. Éramos paulistas e estávamos com pressa. Bem
verdade era também que fazia quase uma hora e meia que tínhamos feito nosso
pedido.
Mas
tudo é relativo nesse Brasil imenso de Deus! Relaxamos, esperamos mais uns
vinte minutos e as cervejas chegaram. Nem arriscamos pedir mais uma rodada...
ooooooOOO0OOOooooo
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