Quinto
dos infernos
Quando
alguém está com muita raiva de outra pessoa, manda que ela vá para o quinto dos
infernos. É feio, mas o indivíduo quando está nervoso, fala o que não
deve. Essa expressão provavelmente já não está tão na moda como antigamente.
De qualquer forma, ela é mais suave do que aquelas que xingam as mães. Elas,
além de não terem culpa, são sempre maravilhosas, apesar dos filhos. Pelo menos
é o que eu acho.
Existe muita gente que tem
uma ideia errada a respeito da origem da expressão. Pensam que o quinto se
refere, talvez, a um andar subterrâneo mais profundo e, portanto, mais “quente”
do que os outros níveis do inferno. E quando xingam, inconscientemente estão
desejando uma “queimadura” mais violenta para seu desafeto. Nada disso. A expressão
vem da Era Colonial do Brasil, quando a Coroa Portuguesa cobrava 20% sobre o
valor do ouro retirado das minas. Ou seja, um “quinto” do que se obtinha com a
extração, ia para os lusitanos. O pessoal ficava furioso e, obviamente, tentava
sonegar. Dá raiva mesmo pagar impostos, principalmente quando é para um outro
governo. Aparentemente, o pessoal que lidava com o precioso metal, mandava os
coletores buscarem o “quinto” nos infernos. Daí, por algum motivo, a expressão
tornou-se “quinto dos infernos”. É verdade e dou fé, baseado em historiadores e
linguistas.
Hoje em dia, o total dos
impostos é muito mais do que isso, mas, por outro lado, ninguém acredita mais
em inferno. Provavelmente os que devem impostos, ou usam palavrões mais
modernos ou, simplesmente, pagam uma propina. Tudo muda, não é mesmo?
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Estranhas Histórias
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