A respeito do amor
É meu amigo Nino Belvicino que diz. Ele é metido, se acha um filósofo e não sei mais o quê. É sobre o amor.
O amor não é uma opção, diz ele. Ele acontece. Às vezes, diz, ocorre num coração desastrado, violento e bruto. Nesse caso, ou amacia o seu portador, ou se transforma em paixão violenta. Deixa, portanto, de ser amor. Outras vezes, a pessoa amada se recusa a receber o grande benefício. Tem seus motivos, talvez seu próprio e outro amor. É duro, mas acontece o tempo todo. Nesse caso, ou ele se consome em si mesmo, desaparece, ou se direciona para uma causa, para uma outra coisa qualquer. Desperdício, mas também acontece a toda momento.
Acontece, porém, dele encontrar a certa direção e ser correspondido por igual amor. Aí, então é uma festa universal. Uma explosão cósmica.
É aí que o Nino fica com aquela cara triste e diz: “Você não imagina como isso é raro!” Completa dizendo que viu isso uma ou duas vezes, se tanto. E ele completa comentando que já não é tão novo assim.
Eu, por outro lado, sou um tremendo otimista. Acho que está ocorrendo a toda hora, em todo lugar. É só saber olhar, saber procurar. O Nino, sim, é um tremendo de um pessimista.
Não sei, não... Para ser franco, também tenho dúvidas. Às vezes, acho que sou otimista demais...
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