Minha
tia Biga e minhas primas: lembranças
Sempre
que podia, “fugia” para a casa de minha tia Biga no Chora Menino. Era longe, mas valia a pena. A tia, ainda
como hoje, era aquela doçura de ser humano que é difícil de se encontrar por
aí. Tentei, várias vezes, definir o que a faz tão especial, mas nunca consegui
achar uma definição. É alguma coisa dentro da alma e que poucas pessoas têm.
Sorte minha que a conheci tão bem. Minhas primas, a Vera e a Cida, se saíram à
mãe, com a mesma suavidade. Uma alegria, que eu nunca consegui explicar, no
semblante, e um sorriso gostoso que consigo ver e sentir até hoje, tantas
décadas depois.
Falávamos
besteiras puras e inocentes, contávamos piadas, ríamos. Tínhamos nossa própria
linguagem, nossa própria maneira de ver o mundo, nosso próprio jeito de sentir
as coisas. O dia passava tão rápido que parecia menos de uma hora e a hora
parecia um minuto e os minutos voavam como segundos. Na época eu já sabia que
esses momentos eram preciosos, mas agora eu sei mais ainda. São guardados como
um tesouro na mente e no coração.
Claro
que existem muitas coisas pelas quais vale a pena ter vivido. Esta época da
vida, com certeza, é uma delas.
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