Thursday, January 2, 2014

Minha tia Biga e minhas primas: lembranças

Minha tia Biga e minhas primas: lembranças



Sempre que podia, “fugia” para a casa de minha tia Biga no Chora Menino.  Era longe, mas valia a pena. A tia, ainda como hoje, era aquela doçura de ser humano que é difícil de se encontrar por aí. Tentei, várias vezes, definir o que a faz tão especial, mas nunca consegui achar uma definição. É alguma coisa dentro da alma e que poucas pessoas têm. Sorte minha que a conheci tão bem. Minhas primas, a Vera e a Cida, se saíram à mãe, com a mesma suavidade. Uma alegria, que eu nunca consegui explicar, no semblante, e um sorriso gostoso que consigo ver e sentir até hoje, tantas décadas depois.
Falávamos besteiras puras e inocentes, contávamos piadas, ríamos. Tínhamos nossa própria linguagem, nossa própria maneira de ver o mundo, nosso próprio jeito de sentir as coisas. O dia passava tão rápido que parecia menos de uma hora e a hora parecia um minuto e os minutos voavam como segundos. Na época eu já sabia que esses momentos eram preciosos, mas agora eu sei mais ainda. São guardados como um tesouro na mente e no coração.

Claro que existem muitas coisas pelas quais vale a pena ter vivido. Esta época da vida, com certeza, é uma delas. 

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