Uma
bandeira, em um certo lugar
Vi
na TV a equipe de reportagem insinuando-se entre os arbustos até chegar a uma
clareira. Lá estavam quatro ou cinco
pessoas, mal vestidas, tentando se proteger do terrível frio que está assolando
algumas áreas dos Estados Unidos. Rostos sofridos, visivelmente abatidos com as
intempéries. A repórter explica que são veteranos de guerra: Iraque,
Afeganistão e até Vietnã. No fundo, uma barraca, que, certamente não os protege
das baixíssimas temperaturas. Numa árvore, pendurados, utensílios de cozinha;
frigideiras, panelas. Um velho
retrovisor de carro está amarrado a um dos galhos e serve como espelho.
Provavelmente
a guerra que eles lutaram não foi justa. Eles, entretando, nada decidiram, não
foi sua escolha. Tiveram que ir, eram soldados, arriscaram suas vidas por uma
nação, independentemente das razões absurdas que os dirigentes usaram para
lançar o conflito. Se são heróis, como estão, assim, abandonados, quase como
mendigos, com risco de morte, por causa do frio? É difícil entender.
Alguém
resolveu socorrê-los, dar-lhes abrigo. O
repórter fotográfico mostra aqueles veteranos entrando, com dificuldade, no veículo
que veio buscá-los. E a imagem do lugar começa a ficar para trás. Entretanto,
antes de sair, focaliza a bandeira americana, surrada, pendurada de um dos
arbustos. Orgulho? Patriotismo? Talvez devêssemos aprender algumas coisas com
eles? Não sei. Aquele símbolo, naquelas circunstâncias e principalmente apesar
delas, definitivamente me chocou e me emocionou...
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