O cronista está sem palavras
O
cronista está cansado, sem palavras. Elas estão agitadas em sua mente,
pululando, mas não conseguem sair. Ele sabe que o leitor também está cansado,
não quer ouvir.
Resolve,
assim, falar a linguagem do silêncio. Um silêncio poético, cheio de
significados e de enorme significância. Passa a rimar na simetria cósmica e
metrificar no quadrante quântico do Universo. De repente, quando não mais
estiver esperando, as palavras voltarão.
Do vazio da alma e do intelecto, elas brotarão. Belas, mágicas, vibrantes.
Urgindo por serem escritas, faladas, pronunciadas, significadas. Poetificadas.
Vair
ser, então, um novo dia de Criação.
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