Friday, January 22, 2016

As bulas de remédios e as bulas papais



As bulas de remédios e as bulas papais

Certamente todos conhecem as bulas de remédios. Sabem como elas são úteis, como podemos aprender as vantagens de um medicamento, suas doses, seus efeitos colaterais e coisas assim. As bulas papais eram muito úteis, também. Eram comuns no século XV e eram documentos que permitiam à Igreja controlar muitos assuntos, inclusive o poder sobre as novas terras descobertas. Havia, porém, um tipo muito especial de bula e é sobre ela que quero escrever.
Pepe Rodriguez descreve algumas delas, de acordo com o que se pode ler no blog “jomalori.blogspot.com”. Roberto Pompeu de Toledo em seu livro “A Capital da Solidão” também se refere a elas. Eram uma espécie de licença para se poder pecar que estava à venda. Não poderia dizer que os preços eram módicos, pois desconheço o poder de compra da moeda da época. Mas nas fontes acima temos uma pequena tabela e você pode ir fundo no assunto para saber o preço de seu pecado preferido. Nosso país as adotou logo no início.
Aqui estão algumas partes do “Taxa Camarae”, uma espécie de tarifário promulgado pelo papa Leão X (eram 35 artigos):
1 - O eclesiástico que cometa o pecado da carne, seja com freiras, seja com primas, sobrinhas ou afilhadas suas, seja, por fim, com outra mulher qualquer, será absolvido, mediante o pagamento de 67 libras, 12 soldos.
 2 - Se o eclesiástico, além do pecado de fornicação, quiser ser absolvido do pecado contra a natureza ou de bestialidade, deve pagar 219 libras, 15 soldos. Mas se tiver apenas cometido pecado contra a natureza com meninos ou com animais e não com mulheres, somente pagará 131 libras, 15 soldos.
3-O sacerdote que desflorar uma virgem, pagará 2 libras, 8 soldos.

E a lista vai por aí. Não vou citar o resto para que ninguém se assuste.
Graças a Deus, minha querida mãe não teve acesso, a qualquer um desses documentos. Coitada, morreria de desgosto. Ou talvez, simplesmente não acreditaria, católica “militante e juramentada”, que era, como diria o Odorico Paraguaçu.

Acredite, se quiser...





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