São Paulo de Bartira
São
Paulo, minha cidade,
não
sei se és meu pai,
se
és minha mãe.
Só
sei que temos o mesmo DNA,
não
há como negar.
Por
que me deixaste,
ou
fui eu quem te deixou?
Sou
um distante filho de Bartira,
a
índia de Ramalho.
Vem,
portanto, me resgatar,
estou
chorando de saudades,
mas
também tenho medo de ti.
Tenho
medo que me vicies,
que
me engulas de vez,
em
teu ventre fascinante,
belo,
envolvente.
Cidade
assustadora, insensível,
sussurrando
segredos
que
não quero ouvir.
Só
sei que é um amor insensato,
esse
amor que sinto por ti
e
que sentes por mim.
Um pouco de história:
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